O projeto Telegrama, produzido por Giorgio Ronna, tem como atração na próxima segunda-feira(19), às 19h, no Instituto João Simões Lopes Neto, o poeta argentino Cristian De Nápoli, que lê poemas do seu livro em preparação: Dez Reais e um poema fabuloso. Angélica Freitas lê traduções dos poemas de Cristian.
A professora Renata Azevedo Requião, da Faculdade de Letras, conversa com Cristian e Angélica sobre a gênese da poesia, poesia argentina, tradução de poesia brasileira, relação Brasil-Argentina.
O evento é gratuito e aberto ao público.
* Telegrama é uma série de leituras, seminários e oficinas sobre a literatura e suas relações com outras disciplinas que acontecerão ocasionalmente no Instituto Simões Lopes com curadoria de Giorgio Ronna. Esta é a edição zero do programa.
Cristian De Nápoli nasceu em Buenos Aires, em 1972. Publicou em 1999 sua primeira coletânea de poemas, chamada Limite Bailable, seguida de El Ringue (2004) e Los Animales (2007). É um dos mais incansáveis divulgadores da poesia hispano-americana contemporânea, organizando na capital argentina um dos melhores festivais de poesia do continente, o Salida al Mar. A relação e os intercâmbios de Cristian De Nápoli com a literatura brasileira são intensos. Traduziu e editou, por exemplo, a antologia de poesia contemporânea Cuatro Poetas Recientes del Brasil (com Joca Reiners Terron, Angélica Freitas, Ricardo Domeneck e Elisa Andrade Buzzo) e a antologia de prosa Terriblemente Felices - Nueva Narrativa Brasileña, com autores como Sérgio Sant´Anna, Cíntia Moscovich, Jorge Mautner, Marçal Aquino e João Gilberto Noll, entre outros. Seu livro em preparaçao, Dez reais e um poema fabuloso, está sendo traduzido por Luiz Guedes, Angélica Freitas e Ricardo Domeneck.
Angélica Freitas (Pelotas, 1973) Poeta e tradutora brasileira. Publicou o livro Rilke shake (São Paulo: Cosac Naify, 2007). Participou de vários encontros de poetas e festivais internacionais, como o Festival Latino-americano de Poesía Salida al Mar (Buenos Aires), o Poquita Fé, em Santiago do Chile, e é uma das convidadas do Poesie Festival em Berlim, dedicado em 2008 à poesia lusófona. Seus poemas foram publicados em várias revistas impressas e eletrônicas, como Inimigo Rumor (Rio de Janeiro, Brasil), Diário de Poesía (Buenos Aires/Rosário, Argentina), águasfurtadas (Lisboa, Portugal), Hilda (Berlim, Alemanha) e Aufgabe (Nova Iorque, Estados Unidos), e figura na antologia Cuatro Poetas Recientes del Brasil (Buenos Aires: Black & Vermelho, 2006). É co-editora, com os poetas Marília Garcia, Fabiano Calixto e Ricardo Domeneck, da revista de poesia Modo de Usar & Co. Traduziu poetas argentinas como Susana Thénon e Lucía Bianco. Edita o blog Tome uma xícara de chá. Leia poemas e mais informações sobre a poeta.
Renata Azevedo Requião (Pelotas, 1960) Desde 1992 é professora da UFPel, onde trabalha com a poesia e a narrativa curta do Brasil contemporâneo, desenvolvendo pesquisas sobre viagens e deslocamentos, sobre a relação entre a escrita, o corpo e o lugar, além de leituras por entre diferentes poéticas da contemporaneidade. Escreve desde há muito, mas só recentemente tem publicado seus poemas. Finalizou seu primeiro livro Frestas, desvãos, quase nadas, com gravuras de André Barbachan. Foi Secretária de Cultura do município de Pelotas.
Giorgio Ronna (Pelotas, 1970) Licenciado em Letras pela UFPel, M.A. Scenic Design pela Universidade de Artes de Zurique. Co-curador do projeto “Entre Pindorama - Antropofagia e Arte Contemporânea Brasileira” na Künstlerhaus Stuttgart na Alemanha em 2006. Em agosto inaugura a série “S&V” de vídeoarte na Galeria Cartel 011 em São Paulo.