Coordenadoria de Comunicação Social

Universidade Federal de Pelotas

UFPel ativa Ambulatório de Triagem Auditiva de Recém-Nascidos

2 de Junho de 2010

O Ambulatório de Triagem Auditiva de recém-nascidos egressos de Unidades de Tratamento Intensivo Neonatal de Pelotas já começou suas atividades.  O exame é realizado com aparelho de Emissão Otoacústica (teste da orelhinha), recentemente adquirido.

O procedimento é indolor e não invasivo, não necessita de sedação ou anestesia e é semelhante à realização de uma otoscopia. O equipamento também será utilizado em projetos de pesquisas do Núcleo de Neurodesenvolvimento Professor Mario Coutinho da UFPel, conforme informações do seu coordenador, professor Danilo Rolim de Moura.

Os exames serão realizados pela fonoaudióloga Aline Lopes, que é mestre em Distúrbios da Comunicação Humana. Os exames deverão ser agendados no Ambulatório de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFPel ou pelo telefone 32211666, com Catiane. Deverá ser apresentada a nota de alta da UTI Neonatal. O atendimento é gratuito e será realizado pela ordem de agendamento.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria a incidência de perda auditiva na população infantil varia de um a seis casos para cada mil nascidos vivos normais e de um a quatro para cada cem recém-nascidos atendidos em UTI Neonatal, segundo dados de diferentes estudos epidemiológicos publicados. Comparando com outras doenças de triagem universal, como fenilcetonúria (0,07/1000), hipotireoidismo congênito (0,17/1000), anemia falciforme (0,20/1000) ou hiperplasia congênita de supra-renal (0,14/1000), verifica-se que há justificativas muito fortes para o estabelecimento de um programa de Triagem Auditiva. 

Ainda segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria são bem conhecidas as conseqüências desastrosas da perda de audição a partir de estudos em modelo animal, que evidenciam uma clara interferência no desenvolvimento de estruturas neuronais necessárias ao desenvolvimento. “A perda auditiva tem implicações diretas no desenvolvimento, na escolaridade, no relacionamento social e no status emocional.  Há trabalhos documentando que crianças com perda auditiva, atendidas precocemente, têm melhor desenvolvimento do que as que recebem cuidados tardiamente (dois a três anos), em relação à fala, linguagem, ganho escolar, autoestima e adaptação psicossocial”, afirmou o professor Rolim. 

Seção: Notícias