Coordenadoria de Comunicação Social

Universidade Federal de Pelotas

Hospital-Escola da UFPel é referência regional no tratamento da gripe A

15 de Agosto de 2009

gripe-a-h1n1.JPG Qualificado pelo Ministério da Saúde como instituição referencial nos processos de contenção e tratamento da Gripe A (H1N1) na região, o Hospital-Escola da UFPel, administrado pela Fundação de Apoio Universitário (FAU), é também hospital-referência e consultor técnico do Comitê Municipal de Enfrentamento da Epidemia do Influenza.
O HE/UFPel foi pioneiro em integrar o Plano Brasileiro de Enfrentamento do Influenza, em 2005, juntamente com os hospitais estaduais universitários, fazendo de Pelotas um dos primeiros municípios a se mobilizar.
Segundo a presidente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HE/UFPel, Ana Carolina Issler Ferreira Kesssler, médica e mestre em doenças infecciosas, o avanço mundial da doença tornou indispensável o envolvimento dos demais hospitais da cidade. Tudo começou com a capacitação em biossegurança e manejo do vírus, em que mais de 500 profissionais de saúde foram treinados, na chamada fase de contenção. “Mais importante do que infraestrutura é contar com profissionais capacitados”, justifica Ana Carolina.
Na fase de assistência, a partir de julho deste ano, o Hospital-Escola foi o primeiro a destinar um número expressivo de leitos para os pacientes com suspeita da nova gripe. “Assumimos isto como um compromisso do hospital para com a comunidade e, desde então, tomamos todas as medidas de biossegurança preconizadas pela Organização Mundial da Saúde”, enfatiza o diretor-técnico do hospital, doutor Afrânio Alberto Tavares Krüger.
Outras medidas adotadas pela direção do HE foram: suspensão das cirurgias eletivas, atendimento ambulatorial pré-natal somente sob agendamento, disponibilização de 16 leitos para internação de pacientes clínicos com gripe, disponibilização, para todos os setores da instituição, de equipamentos de proteção individual (máscaras, aventais, luvas e álcool gel a 70%), restrição à visitação dos pacientes, restrição ao acesso de pessoas não indispensáveis ao funcionamento do hospital, nomeação de equipe de médicos clínicos para cuidado dos pacientes internados, adequação da UTI, com isolamento para atendimento a pacientes que necessitem assistência respiratória, e dispensa das funcionárias gestantes. Krüger anunciou também a oferta de 10 novos leitos de UTI, em parceria com a Santa Casa de Misericórdia.
A equipe do hospital integra comissão especial designada pela Reitoria da UFPel para orientar, prevenir e tratar eventuais casos de Influenza A (H1N1) no âmbito da Universidade.
Mas, se o HE tem reconhecida sua dedicação à comunidade e é inegável o profissionalismo de seu grupo de servidores, a instituição enfrenta também o ônus acarretado pela sobrecarga de trabalho e pela desestruturação das atividades normais. “Toda a atenção está voltada aos pacientes com Influenza (Gripe), que representam um custo elevado para o hospital, porque necessitam de medicações e precauções não rotineiras. Até então, enfrentamos esta nova situação com os recursos de que dispúnhamos”, pondera o diretor-executivo Luiz Vicente Aquino, lembrando que a proteção dos profissionais da saúde - uma preocupação constante - onera bastante o orçamento da instituição.
O impacto financeiro é justificado pelo aumento de gastos com equipamentos de proteção individual, medicamentos, tratamentos de complicações clínicas e, ainda, pela contratação de pessoal, em função dos funcionários que se afastam.
“A epidemia é dinâmica, as estimativas são de crescimento, especialmente, nas próximas semanas, adverte a doutora Ana Carolina Kessler”. Ela explica que, na fase de assistência, com o vírus em circulação entre a população, visa-se principalmente conter os casos graves e o número de óbitos, sem se descuidar das medidas de prevenção. A taxa de letalidade é dividida por 100 mil; no Brasil está em 0,05% para cada cem mil habitantes, segundo boletins do Ministério da Saúde.

Seção: Notícias