Quatro instituições brasileiras receberão recursos da União Européia(UE) em projetos de pesquisa que têm como objetivo modernizar os processos de produção no campo nos países do Mercosul. Uma delas é a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), onde pesquisadores tentam desenvolver uma vacina contra a tuberculose bovina. A doença não tem tratamento e ataca principalmente o gado leiteiro, que quando doente precisa ser sacrificado, dando prejuízo para o produtor.
As instituições contempladas foram escolhidas por representantes da iniciativa privada e dos ministérios de Ciência e Tecnologia do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai por abordarem temas estratégicos para o desenvolvimento econômico do Mercosul.
No total, a UE deverá investir três milhões de euros nos próximos dois anos no projeto denominado “Apoio ao Desenvolvimento das Biotecnologias no Mercosul – Biotech”. A ideia é garantir a qualidade dos produtos exportados para os consumidores europeus. O Mercosul reúne os principais países exportadores de carne bovina e de aves. Brasil e Argentina também dominam a produção de soja, que será alvo de estudos para o desenvolvimento de plantas mais resistentes a pragas e à seca.
Na visão do Ministério da Ciência e Tecnologia, os blocos econômicos estão sendo estabelecidos no mundo para que possam, como blocos, ter mais possibilidades de conquista dos mercados internacionais.
Segundo o professor Odir Dellagostin, coordenador do trabalho na UFPel, e que participa, nesta sexta-feira(20) da primeira reunião do projeto, a pesquisa em desenvolvimento na Universidade se viabiliza através de acordo de cooperação científica firmado entre a UFPel, o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina (Inta), a Universidade Nacional de Assunção (Paraguai) e a Universidade da República (Uruguai), tendo como tema o nome genérico de “Estratégias biotecnológicas para o controle de enfermidades bacterianas, virais e por protozoários intracelulares no gado bovino do Mercosul”.