Coordenadoria de Comunicação Social

Universidade Federal de Pelotas

Mestrado em Educação Física tem mais uma defesa de dissertação

17 de Março de 2009

No dia 23 de março, às 14h, ocorre mais uma defesa de dissertação do curso mestrado em Educação Física da Escola Superior de Educação Física(Esef) da UFPel. Trata-se de aluna Jaqueline Copetti, professora da Urcamp, campus de Alegrete, que estará defendendo sua dissertação intitulada “Barreiras à prática de atividades físicas por crianças e adolescentes”.

O estudo, realizado entre os meses de julho de 2007 e janeiro de 2008, em Pelotas, investigou as principais barreiras que impedem os adolescentes de começar (ou continuar) a praticar atividades físicas. A pesquisa foi realizada sob orientação da professora Marilda Borges Neutzling e co-orientação do professor Marcelo Cozzensa da Silva. Foram entrevistados 399 jovens de ambos os sexos com idades entre 10 e 19 anos, em diferentes bairros da cidade.

Entre os achados mais importantes do estudo destaca-se que 70% dos adolescentes foram considerados sedentários e relataram os dias de chuva, sentir preguiça ou cansaço e a falta de local adequado como as três principais barreiras para praticar alguma atividade física.

Segundo as pesquisadoras, esses resultados devem-se, principalmente, a instabilidade do clima em determinadas épocas do ano (principalmente no inverno) que acabam dificultando o engajamento em atividades ao ar livre, como, por exemplo, a caminhada. A falta de clima adequado e de locais apropriados sugere que a percepção do ambiente é um fator importante para a prática de atividade física. A barreira preguiça/cansaço citada por mais de um terço dos adolescentes, pode estar associada à falta de motivação, principalmente a intrínseca (que não necessita de recompensas externas). Um maior incentivo deve ser oportunizado a partir da educação física escolar, através de atividades prazerosas que possam despertar interesse e motivação necessários para assumir um hábito de vida mais ativo, prolongando-o por toda a vida.

No grupo estudado, os que mais relatam motivos para não fazer atividades físicas são as meninas de maior faixa etária (15-19 anos). Para as autoras, campanhas que tem por objetivo aumentar o nível de atividade física da população devem priorizar esses grupos, dando dicas de como driblar estas barreiras e buscando aumentar os espaços adequados na cidade, como parques, praças, pistas e até mesmo um ginásio municipal, para auxiliar no engajamento da prática de atividade física.

Quem pratica atividade física, dizem as pesquisadoras, tem menos chances de desenvolver hipertensão arterial, diabetes tipo II, osteoporose, doenças coronarianas e alguns tipos de câncer, bem como pode apresentar benefícios psicológicos, como diminuição do estresse e ansiedade. Desta forma, vale ressaltar que 300 minutos de atividade física moderada a vigorosa por semana bastam para tornar um adolescente ativo e obter benefícios à saúde.

Qualificação
Na próxima segunda-feira, dia 23 de março, às 9h, estará ocorrendo mais uma qualificação de projeto de dissertação de mestrado em Educação Física. Trata-se do aluno Lúcio Kerber Canabarro, orientado da professora Marilda Borges Neutzling, que defenderá o projeto intitulado “Nivel de atividade física entre professores de Educação Física das escolas de educação básica de Pelotas, RS”. O projeto tem como objetivo identificar o nivel de atividade física entre professores de Educação Física das escolas de educação básica de Pelotas, RS e será um estudo censitário, na medida em que entrevistará todos os docentes das redes pública (federal, estadual e municipal) e particular da zona urbana do município de Pelotas.

 

Seção: Notícias