Trabalho realizado no Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFPel, pela médica Maria Aparecida Pinheiro Rodrigues, sob orientação do professor Luiz Augusto Facchini, avaliou a presença de depressão em idosos residentes em áreas periféricas de municípios com mais de cem mil habitantes nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O estudo revelou que um terço dos idosos sofre com depressão.
A pesquisa é integrante de tese de doutorado defendida nesta quarta-feira (11), cuja banca foi composta pelos professores Maria Fernanda Lima Costa, da Universidade Federal de Minas Gerais e Fundação Oswaldo Cruz, Aluísio Barros, da Universidade Federal de Pelotas, e Juraci Almeida César, da Furg.
As características associadas à depressão foram presença de doenças crônicas, percepção negativa sobre a própria saúde e limitação para realização de atividades independentes. A viuvez entre os homens e a baixa escolaridade entre as mulheres também se associaram a maior freqüência de depressão.
A investigação demonstrou que depressão é uma condição frequente entre os idosos. Considerando que depressão compromete a qualidade de vida e aumenta o risco de mortalidade, o resultado do estudo indica que essa doença deve ser investigada pelo médico independente do motivo da consulta dos idosos. “A maior presença de depressão entre idosos viúvos e idosas com baixa escolaridade demonstra a falta de participação social desses grupos e aponta para a necessidade de maior valorização do idoso em nossa sociedade”, disse a pesquisadora.