Coordenadoria de Comunicação Social

Universidade Federal de Pelotas

Pesquisa aponta que maioria dos pelotenses é feliz

15 de Dezembro de 2008

A maioria dos pelotenses é feliz. Pelo menos isto é que indica pesquisa realizada pelo médico Diogo Luis Scalco, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFPel, sob orientação da professora Cora Araújo. O trabalho foi feito com adultos moradores da zona urbana de Pelotas de outubro de 2007 a janeiro deste ano, no intuito de identificar quem são as pessoas mais felizes, pois são escassas as pesquisas epidemiológicas sobre o tema. Atualmente estudos apontam que pessoas felizes apresentam maior longevidade e maior imunidade contra doenças.
A felicidade, definida no estudo como “o grau ao qual uma pessoa avalia sua vida positivamente”, foi avaliada por meio de uma pergunta e uma escala de faces, através de um questionário com várias outras questões, aplicado em cerca de três mil pessoas.
As respostas apontaram que 73% das pessoas consideraram-se felizes. Entre os principais achados, destaca-se que as pessoas de maior nível econômico e com mais anos de estudos eram as mais felizes e que indivíduos vivendo em situação de desemprego mostraram-se menos felizes. Mulheres separadas ou divorciadas ou viúvas mostraram-se menos felizes e aquelas que freqüentavam mais cultos ou sessões religiosas apresentaram maior freqüência de autopercepção de felicidade. Entre os homens, ser mais jovem foi preceptor de felicidade.
“Outros estudos têm mostrado que se sentir feliz é um atributo associado a condições positivas de saúde e, por isso, é importante identificar quem são as pessoas felizes e quais são suas principais características. Tal conhecimento poderia ajudar na elaboração de políticas e estratégias que visem, em última análise, aumentar o bem-estar da população, além de permitir a visualização dos grupos populacionais mais vulneráveis a terem problemas de saúde”, observa o médico.
Deste modo, diz Scalco, os resultados do estudo podem contribuir para a formulação de novas hipóteses sobre os determinantes da felicidade e abrir caminhos para a realização de estudos epidemiológicos com capacidade de identificar mais adequadamente as associações causais. A dissertação será defendida às 14h desta terça-feira(16), no Centro de Pesquisas Epidemiológicas da UFPel. Formarão a banca os professores Cora Araújo, Fernando Barros e Nelson Arns Neumann.

Seção: Notícias