Ocorrerá na quarta-feira, dia 17 de agosto, o I Encontro Estadual de Educação Escolar Quilombola, cujo objetivo é fomentar discussões acerca da educação escolar em quilombos, que tornou-se mais uma modalidade de ensino na educação básica brasileira desde a última CONAE. Em decorrência disto, estão em construção as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, sob a responsabilidade do Conselho Nacional de Educação (CNE).
De forma a contribuir para que as comunidades quilombolas do RS participem efetivamente do processo de construção das Diretrizes, o encontro vai reunir pesquisadores, estudantes das licenciaturas da UFPel e UFRGS, Movimentos Sociais, gestores das redes públicas estaduais e municipais e as comunidades que são o ponto de partida por onde as diretrizes começam a se definir.
No processo de construção das Diretrizes, ocorrerão três audiências públicas, a serem realizadas pelo Conselho Nacional de Educação nos estados do Maranhão, Bahia e Distrito Federal. Ocorrerá, ainda, o II Encontro Nacional de Educação Escolar Quilombola, promovido pelo MEC/SECAD, que também tem por objetivo dar continuidade ao processo de escuta às comunidades quilombolas em relação, de igual forma que o CNE, às Diretrizes.
O Encontro estadual ocorrerá na Estação Experimental Agronômica da UFRGS, em Eldorado.
A FaE/UFPel, uma das realizadoras do evento, tem no seu quadro docente a Prof. Dra. Georgina Helena Lima Nunes que, atualmente, acompanha o Conselho Nacional de Educação, fazendo parte de uma comissão especial formada pelo órgão e que também participa de outra comissão do MEC/SECAD que está, concomitantemente, construindo um Plano de Ação para a Educação Escolar Quilombola Brasileira.
O evento estadual reunirá em torno de 120 pessoas, sendo que 70% das vagas são destinadas aos remanescentes de quilombos que irão, nos Grupos de Trabalho que o evento prevê, discutir sobre uma educação escolar que possibilite, entre tantos aspectos, avanços na luta histórica em defesa de seus territórios.
São apoiadores da atividade o Instituto de Apoio às Comunidades remanescentes de Quilombos (IACOREQ) e o Ministério Público Estadual.