Coordenadoria de Comunicação Social

Universidade Federal de Pelotas

Restauro do Casarão 8 começa no início de março

25 de Fevereiro de 2011

_mg_9954.JPG casarao-8.JPG As obras de restauração do Casarão 8 da praça Coronel Pedro Osório começarão nos primeiros dias de março. O contrato com a empresa vencedora da licitação para a realização do trabalho foi firmado na manhã desta sexta-feira(25)  entre a UFPel e a construtora Marsou Engenharia Limitada, com sede em Goiânia. O documento foi assinado pelo reitor Cesar Borges e pelo engenheiro Emanuel Lopez da Silva, representando a firma. O prédio histórico deverá estar totalmente restaurado em dois anos.

No ato de assinatura, realizado no gabinete da reitoria, estiveram presentes o vice-reitor, Manoel Luiz Brenner de Moraes, o pró-reitor Administrativo, Élio Paulo Zonta, e equipe da Pró-Reitoria de Planejamento da Universidade envolvida na restauração de peças artísticas e históricas do prédio. Duas peças já restauradas foram levadas à cerimônia.

A UFPel firmou no dia 11 de agosto de 2010, no Núcleo de Assessoramento Jurídico da Advocacia-Geral da União, em Porto Alegre, compromisso definitivo em restaurar o Casarão 8, através do lançamento do edital de licitação. Com a restauração, a Universidade pretende fortalecer a memória local e a diversidade cultural e recolocar o Casarão 8 na vida cultural da cidade.

O restauro é necessário para a preservação deste importante patrimônio cultural e a adequação das instalações ao novo uso. Em 2009, a Universidade deu início ao restauro emergencial do Casarão com o intuito de conter o processo de degradação que a obra sofria em função da ação do tempo, da falta de manutenção e de cuidados adequados. Nesta etapa, foram feitos reforços na estrutura, recuperação de esquadrias, recuperação da instalação elétrica entre outras medidas emergenciais.

O projeto de restauro definitivo mantém todas as características originais do prédio e foi aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional - Iphan, após longo período de análise. Com orçamento de R$ 2,1 milhões o projeto de restauro tem cronograma previsto para 24 meses. Considerando o interesso público e científico, o Casarão sediará o Museu do Doce e o Museu da Antropologia e Arqueologia, além de uma sala de cinema, auditório, salas de exposição permanente, uma sala de exposição temporária, espaço para oficinas e ações educativas, um laboratório de conservação, setor administrativo, área de acolhimento e convivência e um local destinado para estudos e pesquisas.

De acordo com o presidente da Comissão de Implantação do Museu de Antropologia e Arqueologia, Pedro Luis Machado Sanches, é importante que parte do espaço físico seja destinada às exposições temporárias e outras atividades que promovam a integração da comunidade. “Enquanto espaço de localização privilegiada, o museu deve servir de aglutinador de interesses diversos de diferentes áreas de conhecimento presentes na universidade e também o espaço de expressão de grupos sociais diversos”, disse o presidente.

Construído em 1878 pelo conselheiro Francisco Antunes Maciel, o Casarão 8 foi tombado em nível federal pelo Iphan em 1977. O Instituto considera o prédio, o segundo mais belo patrimônio do País. A obra é atribuída ao arquiteto italiano José Isella, autor também da capela da Santa Casa de Pelotas. Ganha destaque na obra a riqueza de elementos arquitetônicos da fachada com ornatos em estuque, balaústres e estátuas em faiança.

 

Seção: Notícias