Coordenadoria de Comunicação Social

Universidade Federal de Pelotas

Estudo avalia mortalidade infantil e fatores associados no município de Foz do Iguaçu-PR

24 de Fevereiro de 2010

Será apresentada nesta quarta-feira(24), às 16h, no Auditório Kurt Kloetzel (Centro de Pesquisa em Saúde Professor Amílcar Gigante) a dissertação de Mestrado Profissional de Roberto Valiente Doldan, tendo como título “Mortalidade infantil e fatores associados no município de Foz do Iguaçu-PR: um estudo de caso controle”.
A mortalidade infantil do ponto de vista epidemiológico é um dos principais indicadores de saúde e de desenvolvimento social, pois está vinculada as condições socioeconômicas e sanitárias da população. Quanto mais baixa for a taxa de mortalidade infantil, melhor será a condição de saúde daquela população, porque isso significa que menos crianças com idade inferior a um ano de vida estão morrendo. Mesmo com o decréscimo que vem sendo observado nas taxas, isto se processa de uma forma lenta e nem sempre gradual, resultando em índices ainda não satisfatórios e distantes dos registrados em países desenvolvidos. Assim, a redução dos índices de mortalidade infantil no Brasil é ainda um desafio para a sociedade e para o sistema de saúde. Muitas destas mortes precoces podem ser consideradas evitáveis, e são determinadas pelo acesso e pela qualidade dos serviços de saúde.
Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi identificar fatores relacionados à mortalidade infantil em Foz do Iguaçu, Pr. Foi realizado um estudo de caso-controle, utilizando-se dados secundários. Os casos foram crianças que morreram em 2007 antes de completarem um ano. Foram definidas como controles duas crianças nascidas na mesma data, hospital e sexo que ainda estivessem vivas. Foi realizada análise multivariada com regressão logística condicional. Idade gestacional inferior a 37 semanas, crianças com anomalias congênitas e com escore Apgar aos cinco minutos menor de sete foram considerados fatores de risco.
Este estudo demonstrou que ainda persistem importantes desigualdades observadas nas variações entre as mortes relacionadas às características maternas, da assistência e do recém-nascido. Diante desta abrangência, a redução da mortalidade infantil se constitui no maior desafio para os gestores de saúde principalmente no seu componente neonatal e, excluindo as anomalias congênitas, as demais variáveis estão intrínsicamente relacionada a oferta e qualidade dos serviços de saúde, principalmente através de um pré-natal e assistência ao parto com qualidade e na melhoria das condições de vida da população.

Seção: Notícias