Coordenadoria de Comunicação Social

As áreas de arqueologia e museologia da UFPel, vinculadas ao Instituto de Ciências Humanas (ICH), participaram ativamente nas atividades do XX Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), realizado em Belém do Pará, entre os dias 20 e 24 de setembro. A Universidade foi representada pelos professores Lucio Menezes Ferreira, Cláudio Baptista Carle e Diego Lemos Ribeiro, além dos pesquisadores associados ao LEPAARQ, formados na UFPel, Rafael Guedes Milheira, Chimene Kuhn Nobre e Aluísio Gomes Alves.
Como política estratégica definida pelo Colegiado do Bacharelado em Antropologia, ao qual se vincula a Habilitação em Arqueologia, com apoio da direção do instituto, professores do curso atuaram intensamente nas discussões acerca das graduações em arqueologia existentes no país.
O professor Lúcio Menezes Ferreira participou do I Fórum Ensino de Arqueologia na Graduação, coordenado pelas arqueólogas Marcia Bezerra (UFPA) e Fabíola Andrea Silva (USP) e realizado em 21/09. Proferiu a palestra “O Bacharelado em Arqueologia na UFPel: Um Currículo Inserido na História das Relações entre Arqueologia e Antropologia”, redigida em co-autoria com o professor Fábio Vergara Cerqueira, apresentando a estrutura conceitual do curso da UFPel, vocacionado a uma formação abrangente, caracterizado pelo enlace entre arqueologia e antropologia e pelo compromisso com questões patrimoniais e sociais. Participaram ainda deste fórum representantes dos demais cursos de Arqueologia do país: Marco Teixeira (UNIR), Helena Lima e Anne Rapp Py-Daniel (UEAM), Jane Beltrão (UFPA/UNIAM), Abrahão Sanderson Silva e Andreá Scabello (UFPI), Olívia Carvalho (UFS), Ana Catarina Torres Ramos (UFPE), Sibeli A. Viana (UCG), Andrés Zarankín (UFMG), Lúcio Menezes Ferreira (UFPel), Beatriz Thiessen (FURGS).
Aprofundando as discussões sobre o tema do ensino, no dia 23, ocorreu o Simpósio Ensino de Arqueologia I, destinado a discutir, além do Fórum de Ensino da Arqueologia na Graduação, as formas de ensinar arqueologia nas universidades ou em outros locais. Havia trabalhos sobre arqueologia forense como especialização para perícias policiais, sobre formação e atuação dos profissionais de arqueologia, sobre a prática de oficinas com professores de licenciatura em história no trato com sítios arqueológicos. O professor Cláudio Baptista Carle apresentou comunicação, intitulada “Curso de Arqueologia da UFPel”, em que demonstrou a forma de organização do curso como uma habilitação da antropologia e sua aproximação a este sistema de conhecimentos, que formam um profissional integral em arqueologia. O simpósio foi marcado pela presença de alunos de outras graduações de arqueologia do país, o que tornou o debate bastante rico.
O professor Cláudio Carle participou ainda do Simpósio Arqueologia da Paisagem II, realizado no dia 22, que tratou dos processos de deposição de sítios investigados pela forma como se inseriram nas paisagens. Havia trabalhos em sítios pré-cerâmicos, estudos específicos de arqueologia da paisagem, grupos ceramistas, sítios com estudos históricos. O professor apresentou a comunicação “A lição do tempo no espaço missioneiro: Cruz Alta como fronteira, em um estudo arqueológico.”, abordando uma investigação na ampla área arqueológica entre as cidades de Cruz Alta e Santo Ângelo, que vinha sendo estudada sob a ótica de fronteira, desde o processo inicial de ocupação há aproximadamente 10.000 anos A.P., passando pelo conflito entre índios e europeus, entre portugueses e espanhóis até a definição atual do espaço missioneiro.
Participou ainda do congresso o museólogo Diego Lemos Ribeiro, professor do curso de Museologia da UFPel e doutorando pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, que apresentou comunicação e participou de debates sobre as práticas e conceitos da musealização das coleções e sítios arqueológicos, importante viés de integração entre os cursos de Arqueologia e Museologia em nossa universidade, haja vista o projeto de implantação do Museu de Arqueologia na Casa 8.