Estão em ritmo acelerado as obras de adequação física da área que abrigará a Central Analítica da UFPel, no campus universitário do Capão do Leão, junto ao Instituto de Química e Geociências (IQG) e Instituto de Biologia (IB). A expectativa é de que a Central possa estar montada até o final de março. Quando estiver em pleno funcionamento, deverá atender à comunidade acadêmica em geral, dando suporte à pesquisa, à pós-graduação e à extensão nas mais diferentes áreas.
As atividades estarão divididas nos módulos de análises químicas, localizado em área do IQG, e de análises biológicas, situado junto ao IB. Serão atendidos setores como da química ambiental (análise de água, solo, efluentes industriais), agroindústria (alimentos, biocombustíveis), oleoquímica (análise de óleos essenciais e vegetais e seus constituintes), biocombustíveis e petroquímica, entre outros.
Segundo o professor Eder João Lenardão, que coordena o trabalho pelo Instituto de Química e Geociências, além das obras de adaptação dos espaços físicos já existentes, a implantação da Central Analítica exigiu a criação de uma nova plataforma energética, capaz de suportar a carga elétrica que será demandada.
“O IQG está cedendo espaço e contribuirá com a mão-de-obra necessária, mas é importante ressaltar que a Central Analítica será para uso de toda a Universidade, bem como poderá atender a outras instituições e ao setor produtivo”, observa o diretor do IQG, professor Sérgio Nascimento.
Equipamentos
O projeto de criação da Central Analítica, que abrigará equipamentos multi-usuários para pesquisa básica e aplicada, envolve recursos da ordem de R$ 2 milhões, obtidos junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), através do programa CT-Infra, do Ministério da Ciência e Tecnologia. Já foram recebidos um aparelho de absorção atômica com forno de grafite, um sistema GC/MS (cromatógrafo a gás acoplado a detector de massas), um cromatógrafo a gás, espectrofotômetros de absorção no IV e UV-visível e um fotômetro de chamas. “Para a estrutura na área de análises biológicas, já foram adquiridos, além de software, incubadoras de CO2 e um conjunto de filtros a ser utilizado pelo seqüenciador automático de DNA para análises de genotipagem, localizado no Laboratório de Biologia Molecular do Centro de Biotecnologia da Universidade”, observa o professor Odir Antônio Dellagostin, que coordena o projeto junto ao IB.
A estes equipamentos irão juntar-se analisador eletroquímico, analisador térmico (DSC e DTG), supercentrífuga, sistema de eletroforese 2D, citômetro de fluxo, estufas de CO2, sistema de cromatrografia líquida de baixa pressão, sistema para eletroforese em campo pulsado, ultrafreezer, cabine de segurança biológica, sistema de purificação de água e câmara fria, os quais já estão em processo de aquisição e instalação.