O professor Hudson de Carvalho, docente do curso de Psicologia da UFPel, é palestrante convidado no 3º Congresso Internacional de Neurobiologia, Psicofarmacologia e Orientação ao Tratamento. O evento irá reunir centenas de pesquisadores, clínicos e estudantes de todo mundo na cidade de Tessalônica, na Grécia, entre os dias 30 de maio e 2 de junho (http://www.psychiatry.gr/
Intitulada Towards an integrative model for the comprehension of psychopathology, a palestra tem como meta apresentar o Modelo de Temperamento Emocional e Afetivo (Affective and Emotional Composite Temperament Model, AFECT) e suas implicações para o diagnóstico e tratamento dos transtornos mentais. Este modelo estrutura o funcionamento mental a partir de vetores ou traços independentes e interativos de ativação (vontade, desejo e raiva), inibição (cautela, ansiedade e medo), controle, maturidade, sensibilidade emocional e instabilidade. As combinações desses componentes formam 12 tipos temperamentais afetivos organizados em quatro grupos: internalizados (evitativo, apático e depressivo); instáveis (ciclotímico, disfórico, volátil), estáveis (obsessivo, eutímico, hipertímico) e externalizados (irritável, desinibido, eufórico). O modelo AFECT fornece uma matriz sobre a qual os transtornos de humor, comportamento e da personalidade podem ser teoricamente abordados, permitindo ainda pensar a ação dos psicotrópicos e de técnicas terapêuticas como moduladores dos temperamentos emocionais.
O Modelo de Temperamento Emocional e Afetivo foi desenvolvido pelo grupo de pesquisa cadastrado no CNPq, Temperamento e comportamento: da psicologia à neurobiologia, liderado pelo professo Diogo Rizzato Lara, da Faculdade de Biociências da PUCRS, e do qual faz parte o professor da UFPel, Hudson de Carvalho. O modelo, em sua íntegra, pode ser acessado pelo portal do periódico Journal of Affective Disorder (http://www.jad-journal.com/article/S0165-0327(11)00522-2/abstract).
O Modelo AFECT está em pleno aperfeiçoamento. Atualmente tem versões sendo traduzidas e adaptadas em outros países, como México, Japão e França. Na UFPel, ele será utilizado como parte do protocolo de avaliação dos pacientes oncológicos atendidos pelo Hospital Escola e, futuramente, em pesquisas sobre Psico-oncologia, Psicologia Clínica e da Saúde.
