A Universidade Federal de Pelotas dará assistência técnica a programa de recria de terneiras de leite destinado a atender 2,5 mil famílias de assentados da reforma agrária na Zona Sul do Estado. Convênio neste sentido foi assinado, na quinta-feira (21), pelo reitor Mauro Del Pino. O acordo envolve, além do Governo do Estado e a UFPel, o Instituto Federal de Tecnologia do RS, de Bento Gonçalves, e tem recursos na ordem de R$ 730 mil.
O trabalho será realizado em área de 450 hectares da Fepagro, em Dom Pedrito. As primeiras 300 terneiras chegam nesta segunda-feira ao local e até o meio do próximo ano deverão ser duas mil a serem tratadas naquele campo. Quando estiverem no estágio ideal, as vacas serão encaminhadas às famílias dos assentados, para incorporarem-se ao processo produtivo.
Conforme o presidente da Cooperativa Central dos Assentamentos da Reforma Agrária no RS, Adelar Preto, articulador do convênio e também membro da coordenação do Movimento dos Sem Terra no Estado, o trabalho é de fundamental importância para assentados produtores de leite da região. “Só para se ter uma ideia, 25 por cento do leite entregue à Cosulati vem de assentados”, observou.
A UFPel prestará a assistência técnica ao projeto e, ao mesmo tempo, integrará ao trabalho ações de ensino, pesquisa e extensão, o que inclui a realização de estágios a acadêmicos da área das Ciências Agrárias.
“Este projeto amplia as possibilidades de estágio para nossos estudantes e contribui para firmar os laços da nova gestão da UFPel com os movimentos sociais, visando a qualificação da produção de leite e melhora das condições de vida nos assentamentos”, frisou Mauro Del Pino.
Para o coordenador do trabalho na UFPel, Luís Filipe Schuch, a atividade fará parte, também, da formação das turmas especiais do curso de Veterinária destinado a assentados, oferecido pela Universidade.
Na foto, Preto, Del Pino e Schuch.