Coordenadoria de Comunicação Social

Universidade Federal de Pelotas

Não havia controle público na Fundação Simon Bolívar, diz Reitor

13 de Março de 2013

dsc08460.JPG dsc08416.JPG “Não havia controle público sobre os projetos, ações e recursos da Fundação Simon Bolívar”. A afirmação é do reitor da UFPel, Mauro Del Pino, durante entrevista coletiva concedida à imprensa nesta quarta-feira (13), na Reitoria. Exemplo disso é a não aplicação de mais de R$ 5 milhões e 379 mil em sete projetos de docentes da Universidade. Os recursos tinham destinação específica aos projetos, grande parte de pesquisa, e não foram usados por eles, nem tão pouco estão no caixa da Fundação Simon Bolívar (FSB).

A Universidade solicitou a realização de uma sindicância, por parte dos órgãos de controle federais, sobre o caso, e está orientando a comunidade universitária a não enviar nenhum novo projeto à FSB.

Os projetos são de áreas diversas como da Saúde e de Relações Internacionais e em alguns casos os próprios professores denunciaram a falta das verbas.

A informação é fruto dos primeiros 15 dias de investigações da nova gestão da Fundação, eleita após recomposição do Conselho da entidade, que recebeu novos membros indicados pela Administração Central da UFPel. O novo diretor-presidente é Cristiano Pinheiro e o novo diretor-secretário é Hemerson Pase.

Del Pino informou que a Universidade, com base na Lei, repassará recursos à Fundação para que ela possa cumprir com seus compromissos trabalhistas. A ideia é que a FSB continue a funcionar com o apoio da Fundação Delfim Mendes Silveira, uma das outras duas fundações de apoio da UFPel, ao lado da Fundação de Apoio Universitário (FAU). O reitor chegou a falar em unir operacionalmente FSB e Delfim Mendes. Mas os sete funcionários da Simon Bolívar podem ficar tranquilos. Não há decisão de demissão. A Administração Central da UFPel pretende, ao fim da gestão, em quatro anos, contar com apenas uma Fundação de Apoio.

Transparência
A divulgação dos primeiros achados da nova gestão da FSB cumprem com o compromisso de transparência assumido pela Administração da UFPel. “A sociedade tem de saber o destino dos recursos públicos”, observou o reitor.

Anglo
A Reitoria da UFPel está tentando recuperar a posse da totalidade do terreno do antigo Frigorífico Anglo, que teve parte transacionada na gestão passada, negócio que depois foi desautorizado pelo MEC. A Universidade precisa dos terrenos para uso acadêmico, em salas de aula, laboratórios, bibliotecas e áreas de convivência. A Administração Central da UFPel tem o apoio do MEC na retomada total do imóvel. Do negócio feito na gestão anterior ainda restam R$ 681 mil que não tiveram comprovação de destinação.

Seção: Notícias