O Conselho Universitário da UFPel (Consun) deverá se reunir na próximo dia 26, para discutir as formas de implementação do sistema de cotas na Universidade, agora regulamentado por lei publicada no Diário Oficial da União e com implantação prevista para o ingresso no ensino superior em 2013.
A lei prevê que as universidades públicas brasileiras têm até quatro anos para disponibilizar 50% de suas vagas a alunos que cursaram o Ensino Médio em escolas públicas. Um quarto destes 50% deverá será dividido entre negros, índios e estudantes considerados em situação de vulnerabilidade social (com renda familiar per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio por mês).
É provável que no primeiro ano (2013), a UFPel destine apenas o mínimo exigido, de 12,5% de suas vagas, ao sistema de cotas. Isto devido ao escasso prazo existente até o primeiro ingresso do ano que vem.
De acordo com o reitor Cesar Borges, em entrevista concedida à imprensa, a implantação total poderá ser gradual, mas a forma como isso será feito será discutida pelo Conselho Universitário e pelo Conselho Coordenador do Ensino, da Pesquisa e da Extensão. O assunto também será debatido por Cesar Borges com o futuro reitor Mauro Del Pino.
Cesar Borges admite que não existe na UFPel um estudo sobre o percentual de alunos oriundos da rede pública ou privada, cujos números variam de curso para curso. Ele justifica o atraso na implantação de um sistema de cotas ao processo de expansão da Universidade proporcionado pelo Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais). “Estávamos concentrados nesse vertiginoso processo de crescimento, que implicou na criação de dezenas de novos cursos e na quase triplicação do número de alunos”, explicou. Segundo ele, a UFPel aguardava a publicação da Lei, pois o processo de expansão repercutiu na mudança do perfil dos estudantes.