Desde a última terça-feira (12), o projeto institucional da UFPel, Unidades Fronteiriças de Saúde – Rede Binacional de Saúde na fronteira Brasil-Uruguai, que é elaborado pela administração central da Universidade e tem apoio do Centro de Integração do Mercosul/Núcleo de Estudos Fronteiriços e da Faculdade de Medicina, recebe visitas da equipe técnica do Ministério da Saúde. O projeto tem atenção especial após a visita do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em 2011.
A equipe que está realizando as visitas é da assessoria técnica do Sistema Integrado de Saúde nas Fronteiras (SIS-Fronteiras), e está representada por Isa Maria Araújo Lopes e Andréa Márcia dos Santos. O roteiro das visitas e reuniões com as secretarias municipais de saúde teve início com a exposição do Projeto, realizada pelo reitor Cesar Borges, no dia 12, e teve continuidade nos dias 13/06 em Jaguarão, 14/06 em Aceguá e 15/06 em Santana do Livramento.
A proposta do Projeto é fomentar a constituição de uma rede de saúde binacional como estratégia a ser desenvolvida na fronteira Brasil-Uruguai, com possibilidades de tornar reais os propósitos do SIS-Fronteiras. São atividades com benefícios a médio e longo prazos para as populações situadas nos municípios de Santa Vitória do Palmar/Chuí, Santana do Livramento, Jaguarão, Aceguá, Quarai e Barra do Quarai, localizados na fronteira entre os países.
A cooperação entre a UFPel e os municípios fronteiriços tem sido fundamental para a elaboração do Projeto que visa, também, o estabelecimento de ações de promoção, prevenção, atenção e reabilitação na saúde da população da fronteira. Assim, o trabalho valoriza o pronto-atendimento e a solução das demandas, o bem-estar da família, a capacitação de recursos humanos, a educação permanente em saúde, a proteção do meio ambiente e o controle epidemiológico, através do Departamento de Medicina Social. Além disso, as ações visam apoiar o desenvolvimento das Unidades Fronteiriças de Saúde disponibilizando evidências de pesquisas em saúde pública e especialmente na avaliação dos serviços dessa área na região.
De acordo com o coordenador do Núcleo de Estudos Fronteiriços da UFPel, Maurício Pinto da Silva, as áreas de fronteira se caracterizam por condições sociais e de cidadania bastante adversas, salvo raras exceções sub-regionais. Concomitante a isso, a intensificação de fluxos de produtos, serviços e pessoas, decorrentes dos processos de integração regional, geram tensões e novos desafios aos gestores locais e para os sistemas de saúde, exigindo políticas específicas direcionadas à garantia do direito universal da saúde nestas regiões.