A problemática da governança territorial ambiental nas fronteiras, em uma perspectiva histórica, destaca-se em razão de os países, em sua maioria, aplicarem regulações específicas para suas áreas de fronteira, geralmente qualificadas como zonas ou faixas de segurança, cujos critérios restringem e inibem a implementação de projetos de integração, de caráter regional.
Nesse sentido a articulação dos atores públicos e privados diante da governança territorial na área de fronteira entre Santana do Livramento no Brasil e Rivera, Uruguai, em especial na área ambiental, tem sido discutida desde o último dia 28/ de fevereiro, no Núcleo de Estudos Fronteiriços do Centro de Integração do Mercosul/UFPel, na cidade de Santana do Livramento.
A reunião técnica do Programa URB-AL-PAMPA, programa cofinanciado pela Comunidade Europeia e coordenada pelo dr. Ângelo de Sá Borba (Portugal), representante para a América Latina, tem caráter binacional, e conta com a participação dos municípios brasileiros de Alegrete, Santana do Livramento, Rosário do Sul e Quaraí, região que compreende a área da Reserva Biológica de Ibirapuitã (Alegrete) e a Serra do Caverá (Rosário do Sul) ao longo da BR 290, além de Rivera, Uruguai, onde as áreas são os parques Natural Valle Del Lunarejo e Grã-Bretanha e os limites internacionais de Rivera.
Toda a área ambiental compreendida pelos dois países é denominada Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã (APA) e as discussões têm como objetivo intensificar os estudos e análises para o desenvolvimento socioeconômico e sua relação com a natureza na região fronteiriça, a exemplo da exploração do aquífero Guarani e a implantação do parque eólico na região.