A Coordenação do Núcleo de Estudos Fronteiriços/Centro de Integração do Mercosul, juntamente com a Comissão Binacional de Cultura Brasil-Uruguai, tem a satisfação de convidar para os atos comemorativos ao 69° aniversário da Praça Internacional, na fronteira Santana do Livramento-Rivera, nos dias 26 e 27 de fevereiro.
A Praça Internacional
Segundo relato do livro A História da Praça Internacional, de Nelson Ferreira Moreira, para demarcar a linha da fronteira entre Serrilhada e Massoller, extensa região de planuras contínuas dos dois países Brasil e Uruguai, onde não existem cursos de água ou outros acidentes geográficos capazes de servir de referências, as Comissões Demarcadoras optaram por recorrer ao chamado “Divisor de Águas”. Daí a razão da forma irregular que caracteriza a linha limítrofe e de um dos principais questionamentos feitos por todos quantos visitam a fronteira. O chamado “Divisor de Águas” é a maneira mais justa para estabelecer os limites, pois não prejudicava a nenhuma das partes interessadas. O divisor de águas é definido como “uma linha teórica de menor caimento, que limita as terras drenadas por uma bacia fluvial de outra bacia fluvial”. Uma explicação mais fácil é a de que esse divisor de águas é estabelecido pela própria natureza. Quando a água da chuva, ao cair, corre uma parte para cada lado, determina a linha por onde deve passar a fronteira.
Porém ao atingir os subúrbios de Sant’Ana do Livramento e Rivera, a Comissão Demarcadora integrada por elementos de ambos países, verificou que não mais poderia manter a sinalização da fronteira pelo divisor de águas, conforme vinha sendo feito. A partir do chamado “Cerro do Caqueiro”, a linha demarcadora invadiria casas, cortaria terrenos e causaria outros problemas de natureza grave para as duas comunidades xifópagas, uma vez que as construções brasileiras e uruguaias se haviam aproximado demasiadamente. Dessa maneira, um trecho de aproximadamente quatro quilômetros ficou pendente para uma próxima definição.
Finalmente, esse problema ficou definitivamente resolvido em 1923, ocasião em que foi sugerida a construção de um “Parque Internacional” na área existente entre Sant’Ana do Livramento e Rivera, considerada “terra de ninguém”. O Parque Internacional, que pertence aos dois países, constitui-se em um caso único no mundo. A inauguração dessa praça que nasceu para dividir a terra e para irmanar santanenses y riverenses, brasileiros e uruguaios teve lugar no dia 26 de fevereiro de 1943.
Ato Cultural
Dia: 26 de fevereiro
Horário: 18h às 23h
Local: Praça Internacional
Posto de arrecadação de livros do Projeto Compartilhando Letras - 18h às 23h.
Entrega de Livros a Escola n°124 de Tranqueras, em Rivera/Uruguai - 18h.
Exibição e Mostra Fotográfica “Praça Internacional ontem e hoje” - 18h às 23h.
Oficinas Literárias – 18h30min.
Leitura Dramatizada de poemas de Olhynto Maria Simões - 20h.
Palestra e relançamento do livro A História da Praça Internacional de autoria de Nelson Ferreira Moreira – 20h30min.
Apresentação de Grupos Folclóricos da fronteira – 20h30min.
Ato Cívico
Dia: 27 de fevereiro
Horário: 10h
Local: Praça Internacional
Ato de Substituição de bandeiras.
Autoridades: Sr. Vitor Gobato - Embaixador do Brasil em Rivera; Ricardo Duarte - Cônsul do Uruguai em Santana do Livramento; Sr. Wainer Vianna Machado – Prefeito de Santana do Livramento; Sr. Marne Osório – Intendente de Rivera.
Ato de Assinatura do documento entre autoridades com intenção de Declarar a Praça Internacional Patrimônio histórico-cultural do MERCOSUL.