Coordenadoria de Comunicação Social

Universidade Federal de Pelotas

Grupo DEA na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

27 de Outubro de 2011

Entre os dias 17 e 22 de outubro de 2011, membros do Grupo Design, Escola e Arte (DEA) estiveram em Brasília-DF a convite da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), a fim de implantar o projeto desenvolvido pelo grupo para seu estande no pavilhão onde se desenvolveu a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, denominado “Indústria do Samba”. Foram de responsabilidade do DEA, toda programação visual do estande, material informativo do projeto, os brindes distribuídos aos visitantes bem como, a oficina também desenvolvida em Pelotas no Projeto de Extensão: Construindo Conhecimento e Fazendo Arte (ver: www.grupodea.org).

A Prof. Rosemar Lemos (CDTec) e os acadêmicos Marcel Nunes (Artes Visuais – Licenciatura/UFPel), Nadiele Pires (Artes Visuais Licenciatura e Bacharelado/ FURG) e Gabriel da Silva (Educação Física – Licenciatura) representaram um grupo hoje composto por 25 membros, sendo 20 graduandos das áreas de Design Digital, Sistemas de Internet, Artes Visuais, Geografia, Geoprocessamento, Educação Física, Direito, Administração, Engenharia Química e Jornalismo. O grupo multidisciplinar é também coordenado pelas professoras Ivone Honrich, Ana Paula Araujo, Érica Delfina da Silva e Rita de Cassia Reis.

No estande buscou-se que os visitantes, à partir do recebimento de exemplares do Estatuto da Igualdade Racial e os professores das instituições educacionais a partir do recebimento de jogos educativos levassem para suas comunidades informações relacionadas ao cumprimento da lei 10.639/2003.

A proposta baseou-se na interatividade. Tinha-se por objetivo que as pessoas ao entrarem no estande tivessem muitas informações disponíveis, mas que estas se apresentassem conforme o interesse de cada um. Para tanto fez-se uso um infográfico, um jogo da Memória com os instrumentos musicais, seus inventores e funcionalidades e uma oficina denominada “Hora do Conto”, onde foi contada a lenda relacionada ao instrumento de percussão intitulado: Lenda do Tambor Africano ilustrada por Diogo Soares Dornelles, membro do DEA. A obra foi extraída do livro escrito por Reginaldo Prandi, Mitologia dos Orixás. O jogo teve uma versão para jogar no estande e outra impressa e fornecida aos representantes das escolas para que pudessem levar e assim desenvolver a atividade em sua Instituição de Ensino. Os infográficos continham filmes mostrando a confecção de carros alegóricos de diferentes escolas de samba do país, do Natal Luz de Gramado bem como os carros da festa de Garanhuns e Parintins.

A grande maioria das crianças, embora gostem do samba, do forró ou pagode, não conhecem com profundidade os instrumentos de percussão. Estes instrumentos não são compreendidos como algo resultante de um processo criativo onde a ciência (física) e a tecnologia (técnicas construtivas) sejam contempladas. Na maioria das escolas não são abordados os sons que podem ser obtidos a partir de diferentes matérias-primas disponíveis na natureza.

A grande maioria das pessoas visitou o estande a fim de descobrir qual a relação entre Samba, Ciência e Tecnologia. Já as crianças e jovens foram atraídos pelos instrumentos musicais lá expostos (ver: http://www.youtube.com/user/Designescolaearte, http://www.grupodea.org).

A interação familiar foi percebida, pais ensinavam seus filhos a tocar ou colorir o mascote do estande sugerindo um nome ao mesmo. As crianças que participaram da Hora do Conto, ouviram a lenda com atenção, interagiram tocando tambor e ainda, muitos, demonstraram conhecer a situação geográfica da África. Professores procuram material didático para trabalhar com a lei 10.639 e sentiram-se lisonjeados ao receberem o jogo da memória, facilitando o desenvolvimento da temática em sala de aula.

Em fim, o objetivo foi alcançado com a grande participação do público, troca de informações e experiências pedagógicas, jovens tendo contato direto com instrumentos musicais de percussão, conhecendo sua constituição e peculiaridades; crianças, de forma lúdica, conhecendo um dos instrumentos de percussão originário da África; adultos descobrindo o processo de construção de carros alegóricos e inúmeras pessoas e comunidades representadas tendo acesso ao Estatuto da Igualdade Racial, se considerada a distribuição de mais de 1500 exemplares da referida lei.

No final do evento, o estande, que teve por foco “A indústria do Samba”, ficou colorido por mais de 120 mascotes pintados por crianças que deixaram seu registro na história da SEPPIR.

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Seção: Notícias