A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) realiza nesta terça-feira, 18, a solenidade de lançamento da construção do Hospital Escola da Universidade, com a presença do coordenador-geral dos hospitais universitários, da Secretaria de Educação Superior do MEC, Celso Fernando Ribeiro de Araújo, que também participa da inauguração das instalações de ampliação do prédio do Centro de Pesquisa em Saúde Dr. Amílcar Gigante. A programação tem início às 10h, na Faculdade de Medicina, com a inauguração da Biblioteca da unidade e com a assinatura do edital de construção do Hospital Escola, prosseguindo às 11h, com a inauguração do Bloco B do Centro de Pesquisa Amílcar Gigante, na antiga Casa de Saúde Santa Teresa.
A construção do Hospital Escola, cuja aprovação foi anunciada em Brasília no final de setembro, envolve recursos da ordem de R$ 121 milhões. O Hospital deverá ter 370 leitos e será erguido junto ao Ambulatório da Faculdade de Medicina. No período de setembro a dezembro deste ano haverá a execução de todas as etapas técnicas que atendam às exigências legais para o início das obras, o que deverá ocorrer em dezembro.
O primeiro Bloco a ser edificado será destinado para atender os pacientes com câncer. Segundo o reitor Cesar Borges, a construção atende um sonho de décadas da comunidade discente e docente da Faculdade de Medicina e de outras áreas da saúde e representa uma grande conquista para a comunidade regional. “A aprovação do projeto e a imediata liberação dos recursos é o coroamento dos esforços empreendidos pela administração central da UFPel”, observou, descrevendo as tratativas mantidas já em sua primeira gestão na reitoria, de 1993 a 1996.
Centro Amílcar Gigante
A ampliação do prédio do Centro de Pesquisa em Saúde Dr. Amilcar Gigante foi projetada para o funcionamento da clínica de saúde do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia (PPGE) e Centro de Pesquisas Epidemiológicas, que mantêm um dos maiores estudos longitudinais do mundo em saúde coletiva, conhecido como Coortes de Nascimento de Pelotas. O estudo acompanha, do nascimento até os dias de hoje, um universo de 15 mil participantes pertencentes a três gerações diferentes: nascidos em Pelotas nos anos de 1982, 1993 e 2004. De acordo com a pesquisadora e professora do PPGE, Ana Menezes, durante quase trinta anos os acompanhamentos dos estudos de coorte eram realizados nos domicílios de cada participante.
“Com a construção deste prédio poderemos aprofundar ainda mais a investigação da saúde da população pesquisada, utilizando métodos e equipamentos impossíveis de serem feitos sem um local adequado”, afirma.O prédio de 1.356 metros quadrados foi construído em dois pavimentos, sendo o primeiro piso destinado para o atendimento ao público, com recepção, salas de exames de composição corporal, saúde mental, atividade física e coleta de materiais biológicos. O segundo pavimento está composto de laboratórios de análises, salas administrativas de cada estudo e um anfiteatro com capacidade para 145 cadeiras e duas vagas para cadeirantes.
A obra foi executada pela empresa R&M Arquitetura e Construcao Ltda no período de 13 meses, com custo total de R$ 1,7 milhão com recursos próprios da Universidade.O mobiliário e equipamentos que compõe o prédio foram adquiridos através de financiamentos internacionais, principalmente da Agência The Wellcome Trust, projeto coordenado pelo professor Cesar Victora, um dos fundadores do CPE.