O seminário organizado pelo Centro de Letras e Comunicação e o Grupo de Pesquisa “Estudos Comparados de Literatura, Cultura e História”, que teve inicio nesta terça-feira (13), tem como tema principal o “Onze de Setembro”, data do trágico atentado sofrido pelos Estados Unidos. Os jornalistas presentes tiveram a oportunidade de contar sobre suas participações na catástrofe que teve repercussão no mundo todo. A palestra foi prestigiada pelas turmas de Jornalismo e Letras do campus Porto.
A jornalista Fhoutine Marie Reis Souto, que deu início à palestra, é especialista em Jornalismo Internacional. Sua Tese de Mestrado foi baseada no atentado de 11 de Setembro, e atualmente dedica-se ao seu doutorado que tem como objetivo analisar a construção do conceito de terrorismo na imprensa nacional. Fhoutine começa falando que o atentado tomou páginas e páginas dos jornais e diz: “Cada vez mais a cidade clama por segurança”. Durante sua fala a palestrante faz uma relação do “Onze de Setembro” com o filme Tropa de Elite, pois ninguém tem realmente certeza sobre a morte de Bin Laden (principal suspeito sobre o terrorismo) e brinca que até mesmo o Capitão Nascimento foi enterrado de mentira. Marie durante sua palestra procura contar tudo que aconteceu antes, durante e depois do choque entre as torres. E então encerra sua fala deixando claro que a catástrofe que mudou o mundo em minutos não é só um simples conflito religioso, como muitos costumam dizer, pois há muito mais aspectos para se discutir.
O segundo palestrante da noite, Luis Antonio Araujo, atua como editor de Cultura e repórter especial do jornal Zero Hora. Em 2001, foi enviado pelos veículos da RBS ao Paquistão para cobrir a Guerra do Afeganistão. “Binladenistão”, seu primeiro livro, foi finalista do 52º Prêmio Jabuti de Literatura em 2010. Araujo, que cobriu o pós-guerra, conta sobre sua ida ao Afeganistão após o atentado, fala sobre sua experiência e deixa uma dica aos futuros jornalistas: “Não se deve acreditar em tudo que a gente escuta, temos que desconfiar” e levanta uma questão “Será que a guerra do Iraque teria acontecido se não fosse o Onze de Setembro?”