Retornam essa semana de Iranduba, no estado do Amazonas, os alunos da UFPel e laboratoristas do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia (Lepaarq/UFPel), que participaram do sítio-escola arqueológico do Caldeirão.
Além de buscar auxiliar na formação de jovens pesquisadores na área de arqueologia, o objetivo central do trabalho de campo foi entender os processos de formação de “terras pretas de índio” (TPI). Trata-se de solos formados pelas ações dos grupos indígenas no período pré-colonial para qualificação de áreas para agricultura, sendo uma tecnologia sofisticada de transformação da paisagem para atender o cultivo. Os alunos também tiveram a oportunidade de aprender sobre técnicas de campo e laboratório, geoarqueologia, aplicação de métodos de conservação em materiais arqueológicos in situ, participando de uma equipe interdisciplinar que envolve técnicos da Embrapa, especialistas na questão de formação de TPI.
A pesquisa, coordenada pelos doutores Eduardo Neves e Helena Pinto Lima, foi desenvolvida no âmbito do Projeto Amazônia Central (PAC), que busca, com este trabalho, a caracterização e modelagem do horizonte antrópico (TPI) do sítio Caldeirão, localizado na Estação Experimental do Caldeirão, Iranduba/AM.
A equipe de atuação foi composta por alunos e pesquisadores de diferentes países, como Brasil, Estados Unidos, Itália, envolvendo diferentes universidades: Universidade Estadual do Amazonas, Universidade de São Paulo, Universidade Federal de Pelotas e University of Florida.
Pela UFPel tomaram parte do projeto os alunos Vagner Aires (Bacharelado em Geografia), Eduarda Peters (Bacharelado em Antropologia/Arqueologia), Sara Coradi (Bacharelado em Antropologia/Arqueologia) e Maicon Heinhardt (Bacharelado em Conservação e Restauro) participaram do sítio escola arqueológico do Caldeirão.