Na manhã desta sexta-feira (27) aconteceram as últimas palestras do II Seminário Internacional Permanente: Universidade e Integração Fronteiriça. O Encerramento ocorreu no Auditório do Centro de Integração do Mercosul.
O último dia do evento iniciou com a palestra “O espaço europeu de Educação Superior na convergência das fronteiras: aspectos legais e institucionais e mudanças na docência” com as professoras Maria Cruz Rosa Melón Arias e Raquel Dominguez Fernández, da Universidade de León.
As professoras apresentaram um panorama sobre a realidade das universidades espanholas depois da criação do projeto Espacio Europeo de Educacion Superior (EEES), um plano lançado pelos países do Velho Mundo para promover a educação superior. De acordo a professora Maria Cruz, o projeto é um novo paradigma pedagógico centrado no aluno, voltado para o aprendizado autônomo com foco na prática. “É um sistema mais flexível que facilita o aluno a se inserir no mercado de trabalho, através do estimulo da reflexão, iniciativa e independência”, disse.
A segunda palestra “Escolas de Fronteira” foi proferida pelo assessor da Secretaria de Educação Básica do MEC, dr. Diógenes Aguiar. O tema da palestra foi o programa Escola Interculturais Bilíngües de Fronteira do MEC. O programa está sendo construído no Brasil em parceria com os países do MERCOSUL e já está presente em 13 escolas de nove municípios do País. “Nossa meta é construir uma escola piloto e promover a educação bilíngüe em turno integral nas áreas de fronteira”, disse.
A última conferência do evento “A Comissão Permanente para o desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira”, foi apresentada pelo representante do Ministério da Integração Nacional, Rafael França que falou sobre os investimentos da Instituição nas áreas de fronteira desde 2008. A Comissão possui integrantes de 20 ministérios e mais oito instituições convidadas. De acordo com Rafael o objetivo é propor medidas e iniciativas necessárias à atuação do governo federal na faixa da fronteira.
Carta de Pelotas
Segundo o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPel, professor Manoel de Souza Maia, como no I Seminário, a segunda edição do evento também terá a criação de uma carta. O documento tem o objetivo de estimular uma integração entre as universidades de fronteira brasileiras e estrangeiras para que se transforme a realidade destas áreas. “Estas áreas são deprimidas por diversos problemas e é papel da universidade mudar esta realidade”, disse. De acordo com o pró-reitor, a principal contribuição do evento é a discussão das políticas públicas dos diferentes ministérios envolvidos.