Principal incentivadora da chamada Hidrovia do Mercosul, através das articulações desencadeadas pelo reitor Cesar Borges, em inúmeras tratativas com autoridades do Brasil e do Uruguai e através de projetos encaminhados aos governos de ambos os países, a UFPel tem bons motivos para comemorar. Depois da assinatura de acordo de cooperação, no ano passado, que já permite operações na rota compreendida pela Lagoa Mirim, pelo Canal São Gonçalo, pela Lagoa dos Patos e pelo rio Jacuí, a hidrovia Brasil-Uruguai deverá gerar empregos e estimular negócios entre os dois países.
A previsão aponta o estabelecimento de várias rotas de cargas, beneficiando municípios como Santa Vitória do Palmar, Arroio Grande e Capão do Leão, além de Pelotas, privilegiada por sua proximidade com o polo naval de Rio Grande, já consolidado. Há também a possibilidade de interligação com a zona portuária de Porto Alegre e Estrela e a futura conexão, via ferroviária, com o centro do país. Segundo o Ministério dos Transportes, é notória a vantagem energética, naval e de custo logístico, determinante para o setor empresarial.
Atualmente, o meio fluvial responde por apenas seis por cento do transporte de cargas no Brasil, e, com a implantação dessas rotas de navegação, que poderão ser utilizadas também para o transporte de passageiros, há a expectativa de que haja um aumento de quatro milhões de toneladas em produtos transportados anualmente.
A ativação do transporte fluvial gerará investimentos paralelos, tanto na construção de barcos como na área de operação logística e em toda a atividade portuária.