Coordenadoria de Comunicação Social

Universidade Federal de Pelotas

Projeto Carinho oferece aulas de natação para deficientes

19 de Outubro de 2010

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A Escola Superior de Educação Física (Esef) desenvolve, desde 1996, o Projeto Carinho. O projeto tem por objetivo dar assistência e oferecer atividades para pessoas com algum tipo de deficiência. Desta forma, a Esef está disponibilizando duas vezes por semana atividades de natação para 60 deficientes. Entre os participantes, dez são encaminhados pela Casa do Carinho em parceria com a Prefeitura Municipal de Pelotas.

As deficiências mais comuns atendidas pelo projeto são Síndrome de Down, Paralisia Cerebral, Deficiência Visual e Autismo. Segundo a bolsista Angélica Kalinoski, o projeto recebeu neste ano uma menina com uma deficiência diferente das que o projeto está acostumado a atender, a Artrogripose, uma doença na qual a criança nasce com deformidades fixas nas articulações e os músculos fracos. “Pesquisamos a doença para atendê-la da forma correta e estamos desenvolvendo um trabalho diferenciado para diminuir as complicações motoras causadas pela deficiência”, disse.

De acordo com Angélica que participa desde 2007, as melhorias são facilmente percebidas, principalmente no convívio social. “Muitos chegavam aqui com vergonha, alguns até choravam com medo, com o tempo eles começam a participar mais, fazem amizades e saem daqui empolgados, querendo contar para os familiares tudo o que fizeram durante as aulas”. A bolsista ainda acrescenta que é visível a melhora dos movimentos e da respiração e o aumento da autonomia e da independência, segundo ela até no vestiário nota-se que eles passam a não ser tão dependentes dos responsáveis para se vestirem.

_mg_1576.jpgPara a mãe, Carmem Silva que acompanha o filho de 26 anos desde 1996 no grupo, o projeto é muito importante para o desenvolvimento do filho. “Autoestima, organização, responsabilidade e convivência em grupo são alguns dos pontos principais de melhoria” Além disso, Carmem destaca a convivência entre o grupo “Eles convivem como uma família. Discutem os problemas, resolvem e esquecem, não guardam rancor e estão sempre preocupados com os outros integrantes” disse.

Ao todo, 11 monitores, alunos da Educação Física, participam do projeto que é orientado por professores da Esef. Desta forma, os alunos podem colocar em prática o que aprendem na sala de aula.

Seção: Notícias