Coordenadoria de Comunicação Social

Desde dezembro de 2006 funciona em Pelotas o Centro de Aplicação e Monitorização de Medicamentos Injetáveis – Cammi, com o objetivo de atender pacientes infectados pelos vírus das hepatites B e C. O pólo de Pelotas foi o primeiro do interior do estado a ser inaugurado e possui como diferencial o Ambulatório de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina que funciona em conjunto com o Cammi e já realizou mais de 2500 atendimentos.Mais de 250 pessoas já receberam ou recebem todo o tratamento que é fornecido gratuitamente através da Secretaria de Saúde. Para o coordenador do Cammi, professor Farid Nader, o espaço presta um serviço essencial para a região. “O Cammi disponibiliza para a população uma retaguarda médica especializada em hepatite. A medicação para o tratamento da hepatite é muito cara e o Ambulatório trata gratuitamente os pacientes. Além disso, nunca mais faltou a medicação na região”, afirmou o coordenador.

O serviço, além de prestar assistência à população, contribui na formação acadêmica dos estudantes de medicina da Universidade que têm a oportunidade de atuar no local. O atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiro, farmacêutica, técnicos de enfermagem, recepcionistas, doutorandos e residentes da UFPel. De acordo com o coordenador da residência em Gastroenterologia, professor Lysandro Nader, aproximadamente 15 profissionais atuam no local diariamente, dando todo o suporte para os pacientes em tratamento.

Segundo Lysandro, este atendimento especializado torna-se importante no combate da doença que já é considerada pela Organização Mundial de Saúde – OMS, uma pandemia. O Programa Nacional de Hepatites Virais levantou dados sobre o impacto da doença no País. O estudo apresentou um índice significativo de mortalidade de 3,19%, sendo que a principal causa de morte por doença hepática no Brasil é a cirrose hepática.

O diagnóstico é efetivado através de exames de sangue. E a única restrição para o paciente é o uso de bebidas alcoólicas, que faz a doença evoluir rapidamente. O vírus da doença é eliminado em cerca de 60% dos pacientes tratados. De acordo com Lysandro, vários fatores podem determinar a resposta do tratamento, como a idade, uso de drogas, o estágio da doença e a presença de outras enfermidades. Outros fatores relativos ao vírus também influenciam na cura, como a carga viral e a taxa de fibrose hepática.

O vírus da hepatite C é transmitido através do contato com sangue contaminado. Não existe vacina para se proteger da hepatite C. A melhor vacina é a prevenção e os cuidados gerais.