Prossegue no auditório do Centro de Integração do Mercosul o projeto “A filosofia e o cinema político”, coordenado pelo professor Luís Rubira, do Departamento de Filosofia da UFPel. São 28 obras clássicas do cinema político. Os filmes estão organizados em ordem cronológica e lógica e divididos em três blocos.
A entrada é franca, mas o expectador deve retirar senha no dia da sessão. “É um filme por semana, todas as sextas-feiras às 20h. O objetivo é resgatar as antigas mostras de cinema de arte que havia em Pelotas até início dos anos 90″, observa Rubira.
Conforme o professor, o cinema político é o cinema por excelência. “Todo cinema é político, mas uma determinada filmografia produzida a partir do século XX coloca-nos diante dos grandes acontecimentos e das questões políticas da humanidade. Além disso, talvez nenhuma outra forma de arte seja tão apropriada para um contato inquietante com temas como ideologia, imperialismo, totalitarismo, fundamentalismo, intolerância. Ao abordar as guerras, as ditaduras, o terrorismo, as guerrilhas e o processo revolucionário, o cinema político nos faz pensar profundamente sobre os eventos que marcaram e marcam a história do homem”, observa.
A proposta do ciclo de cinema, segundo Rubira, é clara: levar a uma compreensão mais profunda do que é fazer política; refletir sobre que tipo de pensamento filosófico ocultam determinadas ações. Através de cineastas engajados com os acontecimentos políticos, bem como de filmes que nos remetem ao tema em todos os continentes, será impossível não compreender o sofrimento e esperança do homem - o qual, ao longo dos séculos busca encontrar um caminho ético para bem viver em sociedade.
Mais informações pelos fones 32845526 (ISP) ou 32220404 (Centro do Mercosul).