Coordenadoria de Comunicação Social

A Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (Faem/UFPel) recebe nesta semana a visita de três professores italianos, procedentes da Universidade de Pisa e do Centro Nacional de Pesquisa da Itália. A visita, que teve como foco o desenvolvimento de pesquisas conjuntas na área de fruticultura, é parte do intercâmbio mantido há 12 anos entre a UFPel e instituições italianas.
Acompanhado do professor da área de Fruticultura da UFPel, José Carlos Fachinello, o grupo foi recebido, nesta quinta-feira(4), no gabinete da Reitoria, pelo reitor em exercício, Manoel Luiz Brenner Moraes e por um grupo de pró-reitores. Segundo Fachinello, a Universidade de Pisa está compartilhando com a área de Fitotecnia da Faem técnicas não destrutivas para avaliar a maturação de frutas. Atualmente, o convênio estabelecido entre as instituições compreende as áreas de fruticultura e de informática, mas o objetivo é agregar novas áreas ao intercâmbio acadêmico e desenvolver em comum outros projetos, que possibilitem a oportunidade de titulações conjuntas.
“A integração com instituições de outros países é uma política nacional e também uma política institucional da nossa universidade”, destacou o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPel, professor Manoel Maia, lembrando as ações de intercâmbio já existentes com a Universidade de Bolonha/Espanha, Universidade de Rennes/França, e instituições dos Estados Unidos e Inglaterra. Maia enfatizou a importância da visita dos italianos, afirmando que a relação institucional só se fortalece a partir das relações pessoais e laboriais.
Dados apresentados pelo professor José Carlos Fachinello apontam que, nos 12 anos do intercâmbio com as instituições italianas, o número de integrantes da UFPel a viajarem àquele país supera a 50, enquanto os italianos vieram à Pelotas em número de 40.
No encontro na Reitoria, o professor Rossano Massai, diretor da Faculdade de Agronomia da Universidade de Pisa, e que atua na área de Fruticultura, apresentou algumas particularidades do ensino superior italiano, onde o acesso à universidade é franqueado a todos os estudantes, sem a figura do vestibular, mas que, em contrapartida, apresenta índices de evasão que superam a 70 por cento. Por outro lado, mesmo nas universidades públicas, o aluno é obrigado a arcar com parte dos custos, em percentuais que variam de acordo com a renda familiar.
Os outros dois visitantes são Damiano Remorini, também da Universidade de Pisa, e Giovanni Agati, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa (órgão semelhante à Embrapa).