Na manhã desta quinta-feira(18), o Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre (Nurfs)/Centro de Triagem de Animais Silvestres(Cetas) da UFPel, em parceria com a Brigada Militar - Companhia Ambiental e Patrulheiros Ambientais Mirins - e com a presença de autoridades e imprensa local, devolveu à natureza 6,5 mil tartarugas da espécie Trachemys dorbigni (tartaruga tigre-d’água).
Os animais, provenientes de uma grande operação da Brigada Militar, que apreendeu mais de 30 mil ovos da espécie, foram retirados dos ninhos naturais e colocados em “canteiros” artificiais nas residências dos indivíduos envolvidos no ato criminoso até que se desenvolvessem.
Após eclodirem, os filhotes seriam encaminhados para outros estados do país, e revendidos para serem criados como animais de estimação, engrossando os números do tráfico de animais silvestres no Brasil. Felizmente, a Brigada Militar desmantelou a atividade ilegal.
Os filhotes, sob a responsabilidade da equipe técnica do Nurfs/Cetas, foram reintroduzidos em seu habitat natural após eclodirem, durante os meses de janeiro e fevereiro. Coube ao atento e motivado grupo de patrulheiros ambientais mirins a grata tarefa de soltar os animais junto ao banhado do Canal São Gonçalo.
Após a eclosão, as tartarugas foram mantidas em piscinas com água e areia. Na fase atual as tartarugas têm entre seis e 21 dias e já medem de cinco a sete centímetros.
Dos 6,5 mil exemplares, seis são animais albinos (têm ausência de melanina, substância que garante a cor da pele) e, por esse motivo, não foram soltos na natureza, pois teriam dificuldade para sobreviver. Permanecerão no Núcleo, para estudos.
Segundo o professor Fernando Minello, há outras 300 tartarugas quase em condições de serem libertas. Do total de ovos apreendidos, 12 mil ainda não eclodiram, o que deverá ocorrer até o mês de março.
