Coordenadoria de Comunicação Social

Universidade Federal de Pelotas

Mestrado em Química realiza palestra sobre Célula Combustível a Membrana Trocadora de Prótons (PEMFC)

4 de Setembro de 2009

O professor Sérgio da Silva Cava ministrará, dentro do curso de mestrado em Química da UFPel, o seminário “Célula Combustível a Membrana Trocadora de Prótons (PEMFC)”, na quarta-feira, dia 9 de setembro, às 14h, no Instituto de Química e Geociências(IQG), no campus Capão do Leão. Ele possui graduação em engenharia de materiais pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (1995), mestrado em Ciências e Engenharia de Materiais pela Universidade de São Paulo (2000) e doutorado em Química pela Universidade Federal de São Carlos (2003). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Pelotas. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Cerâmicos, atuando principalmente nos seguintes temas: processamento cerâmico, materiais cerâmicos, síntese química, revestimentos cerâmicos e pigmentos inorgânicos.
Leia abaixo um resumo do Seminário a ser apresentado.

Célula Combustível a Membrana Trocadora de Prótons (PEMFC)
Prof. Dr. Sérgio da Silva Cava
Engenharia de Materiais - UFPel

PEMFC é a sigla utilizada para Proton Exchange Membrane Fuel Cell, ou, em português, Célula Combustível a Membrana Trocadora de Prótons, um dos tipos de célula a combustível (tecnologia que usa hidrogênio para produzir energia). A PEMFC é o tipo de célula a combustível mais promissora para aplicações móveis como carros, eletrônicos portáteis e, inclusive, celulares. Por este motivo é o tipo de célula a combustível que mais tem sido objeto de pesquisa nos últimos anos, embora também possa ser usada em aplicações estacionárias. De uma maneira geral as células a combustível são atraentes porque apresentam uma taxa de emissão de poluentes muito menor que outras fontes de energia. Ou até mesmo nula se usado o hidrogênio puro como combustível. Além de ser silenciosa e permitir a geração distribuída de energia. Características estas que possibilitam sua instalação em locais densamente povoados através de pequenas centrais que diminuiriam o custo com linhas de transmissão. A principal diferença da PEMFC para as outras células a combustível, no que se refere à estrutura, é o fato dela utilizar como eletrólito uma membrana polimérica derivada do PTFE (politetrafluoroetileno, ou teflon), o Nafion. Ao conjunto dos eletrodos com a membrana dá-se o nome de MEA (Membrane Electrode Assembly). A reação anódica (que acontece no ânodo, ou eletrodo negativo) da PEMFC é H2 -> 2H+ + 2e-, a reação catódica (que acontece no cátodo, ou eletrodo positivo) é 2H+ + 2e- + ½ O2 -> H2O, e, por fim, a reação global é H2 + ½ O2 -> H2O. A PEMFC opera a baixas temperaturas, de 80 a 90 °C, mas ainda apresenta como desvantagens o alto custo da membrana e do catalisador (platina).

Seção: Notícias