Coordenadoria de Comunicação Social

Universidade Federal de Pelotas

Corredor de Arte do HE UFPel/FAU expõe obras de Geovani Aldrighi

10 de Março de 2009


6.jpgNão são somente as palavras que transmitem idéias ou comunicam pensamentos. As imagens também falam. O desenho e o colorido das histórias em quadrinhos conseguem traduzir, através da comunicação visual, o que o autor quer transmitir.

Inspirado por este universo das histórias em quadrinho e com muita personalidade, Geovani Aldrighi produz seus trabalhos. O resultado desta combinação pode ser visto no Corredor Arte do Hospital-Escola UFPel/FAU, até o dia 18 de março, na exposição intitulada “Do estranhamento à coexistência”.

Natural de Canguçu, Geovani veio para Pelotas para estudar arte. Apaixonado por histórias em quadrinho, durante a faculdade percebeu que podia fazer em seu trabalho uma relação com esta paixão antiga. 

O resultado da combinação não foi tão simples, foi alcançado depois de muitos estudos, pesquisas e experimentações. O artista transitou por diversos materiais até chegar ao betume, óleo de linhaça, de arroz e de soja e dedicou o trabalho de conclusão de curso em Graduação em Pintura/UFPel a estas experiências.

Toda esta dedicação fez Geovani aperfeiçoar ainda mais o trabalho. O reconhecimento veio rápido, dois trabalhos selecionados na etapa regional do Prêmio Salão Jovem Artista, promovido pela RBS em parceria com o Banrisul e o Governo do Estado, no ano passado, além de várias exposições coletivas na cidade e no interior do estado.

Com muita originalidade, Aldrighi consegue propor um diálogo entre linguagens distintas: a das histórias em quadrinhos e da pintura/desenho, buscando unir as qualidades técnicas e conceituais para alcançar a formação de um trabalho alheio às definições tradicionais. “Proponho realizar o caminho inverso do tempo urbano contemporâneo. As histórias em quadrinho são um meio de comunicação veloz e de fácil assimilação simultânea de imagens e textos, impõe um ritmo acelerado na leitura linear que não prende a atenção em determinado requadro e sim no todo”, explica o artista. “No meu trabalho busco retrabalhar os fragmentos, requadros, em pinturas separadas e depois uni-las, em forma de síntese por sobreposição, procuro gerar no observador a curiosidade de buscar, ao contrário do rotineiro, a separação das informações para a apreensão do todo relativo da imagem”.

Diferente dos quadrinhos, onde o desenho é óbvio, na obra de Geovani cada um vê o que quer. Para não influenciar o observador, o artista opta por não colocar título nas obras. “Tento tirar a narrativa e assim acabo criando mil narrativas”, brinca.

“Do estranhamento à coexistência” é a primeira exposição individual do artista e conta com alguns trabalhos feitos enquanto acadêmico e outros produzidos especialmente para esta exposição. Geovani acredita que o objetivo da arte no mundo moderno é dar um momento de lazer, assim sendo, o trabalho combina muito com o Corredor Arte. “A idéia é justamente fazer uma quebra no cotidiano, portanto o lugar não podia ser mais perfeito”, explica o artista. “O Corredor mostra arte para pessoas que não teriam este contato e é também uma grande oportunidade para quem está começando na arte mostrar seu trabalho”, conta. 

 

 

 

Seção: Notícias