O ministro da Educação, Fernando Haddad presidiu nesta segunda-feira(5), no Salão de Atos do MEC, a cerimônia de posse dos reitores da Furg, professor João Carlos Cousin, e da UFPel, professor Antonio César Gonçalves Borges. A cerimônia foi prestigiada por autoridades do Ministério, representantes da Capes, Andifes e das duas universidades, com destaque para os vice-reitores Ernesto Tavares Pinto (Furg) e Manoel Brenner de Moraes UFPel), e familiares dos empossados.
Ao abrir o ato, a secretária de Educação Superior do MEC, Maria Paula Dallari Bucci destacou a experiência dos dois reitores, no caso de Cousin, que é vice-presidente da Andifes, sendo reconduzido a um segundo mandato, e César Borges assumindo a terceira gestão na reitoria da UFPel. “São representantes de duas universidades que têm uma resposta significativa ao desafio do Reuni”, observou, lembrando o caso da Furg que está criando 12 novos cursos de graduação. “Esta posse reflete a consagração de cada uma das comunidades universitárias a um trabalho bem sucedido e sério”, avaliou.
O primeiro a falar foi o reitor reeleito da Furg, João Carlos Cousin, que, em seu pronunciamento, enfatizou o apoio recebido do presidente Lula e do ministro Fernando Haddad para o que descreveu como o grande salto do ensino superior na região e no país. Ele citou as principais conquistas da sua instituição nesse período, no apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão, na maior interação com a comunidade, especialmente o avanço obtido a partir da adesão ao Reuni.
“Passamos de pouco mais de 1.200 vagas no ensino de graduação, no vestibular de 2004, para 2.056 vagas, no recente processo seletivo para ingresso em 2009. Dobramos o número de cursos de pós-graduação e vamos continuar crescendo como uma Universidade planejada, pois o Reuni ainda está em seu início. A Furg ganhou mais vida e vai continuar crescendo ainda com mais vida”, enfatizou.
Em seu discurso de posse, o reitor da UFPel, César Borges, também discorreu sobre as realizações viabilizadas em sua gestão anterior e que inseriram a instituição em um período de crescimento sem precedentes em sua história recente. Disse que os difíceis obstáculos enfrentados foram superados com o decisivo apoio do ministro Haddad, da Secretaria Executiva do MEC, da Secretaria de Educação Superior e, sobretudo, da equipe da rede das Ifes (instituições federais de ensino superior).
César Borges lembrou que, a partir de
O reitor da UFPel deu ênfase às conquistas viabilizadas pelo Reuni, como o aumento do número de vagas, a oferta de novos cursos, a ampliação da área física, a aquisição de equipamentos e a modernização da administração. Segundo ele, mais importante foi a transformação de velhos paradigmas, como a justiça e a eqüidade social. “Desde então, graças à ajuda do MEC, criamos 22 novos cursos de graduação, além de cursos de mestrado e doutorado, triplicamos o patrimônio da Universidade e agora aumentamos em 70% a oferta de vagas nos vestibulares. A parceria com a Universidade Aberta do Brasil colocou a UFPel em 34 municípios de norte a sul do estado e hoje temos quase quatro mil alunos na modalidade de educação a distância.”
César Borges anunciou para breve a conclusão do novo Campus Porto, que abrigará cursos e licenciaturas noturnas, a Biblioteca Central, a Faculdade de Meteorologia e a Casa do Estudante. Citou também a viabilização da hidrovia do Mercosul, que permitirá o desenvolvimento das cidades fronteiriças, incluídas no tratado Brasil-Uruguai da Lagoa Mirim, cuja administração no lado brasileiro é atribuição da UFPel por decreto presidencial.
Fechando a solenidade, o ministro da Educação Fernando Haddad disse que as falas dos dois reitores é motivo de estímulo para o MEC, não apenas por retratar um conjunto de realizações e metas, mas por retratar um conceito que está sendo assumido pela comunidade universitária. “Tão ou mais importante do que o aumento de verbas, do que a proliferação virtuosa de programas de ações, que vão complementando-se uns aos outros e tornando o projeto educacional um plano coerente e coeso, é perceber à cada reunião com reitores ou diretores de escolas técnicas – hoje institutos –, com secretários estaduais de educação, com diretores de escolas, que uma determinada visão de educação vai sendo apropriada progressivamente, com cada vez mais energia pelos parceiros da educação, pelos militantes da educação”. Segundo ele, mais importante do que executar um bom plano é fazer com essa dinâmica de educação se sedimente, se cristalize, no sentido de permitir ao educador partir para um patamar mais elevado.