Dissertação a ser defendida nesta sexta-feira(12), às 14h, no Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFPel pela mestranda e nutricionista Janaína dos Santos, aborda a questão da insegurança alimentar, que consiste desde a preocupação e angústia da incerteza de dispor regularmente de comida até a ausência de alimentos.
Em 2004, o IBGE realizou um estudo que aponta que 24% das famílias brasileiras vivem em insegurança. Em Pelotas nunca havia sido medida a insegurança alimentar do município e nesse estudo foram investigadas 1.450 famílias, das quais 11%, ou seja, cerca de uma de cada dez famílias vivem em situação de insegurança alimentar.
A maior parte das famílias que demonstra insegurança alimentar é comandada por uma mulher e essa insegurança é 60 vezes maior nas famílias da classe social E se comparadas com aquelas das classes A e B. A prevalência desta deficiência social também foi maior nos domicílios com seis ou mais moradores. Este é o primeiro estudo no Brasil que descreve a estado nutricional dos membros das famílias que vivem em insegurança alimentar.
A insegurança foi medida através da versão curta da escala de segurança alimentar do departamento de agricultura dos EUA, que contém 6 questões sobre a alimentação no domicilio, referente aos 12 messes anteriores a pesquisa, gerando um escore que classifica a família como segura ou não.
Em relação ao estado nutricional dos membros das famílias que vivem em insegurança alimentar na cidade de Pelotas, enquanto o déficit em altura foi observado nas crianças, excesso de peso e obesidade foram observados, especialmente em adultos. A dissertação é intitulada Insegurança alimentar nas famílias de Pelotas e o estado nutricional das pessoas que vivem em insegurança alimentar. Formarão a banca as professoras Denise Gigante e Mariângela Silveira, da UFPel, e Rosana Salles, da UFRJ. A defesa ocorrerá no auditório Kurt Kloetzel do Centro de Pesquisas Epidemiológicas.
