Nos últimos quatro anos a UFPEL cresceu, triplicou seu patrimônio (de 66 passou para 165 milhões de reais em 2007), ampliou a oferta de vagas nos cursos regulares, criou mais de 20 cursos novos de graduação e aumentou em 20 % os cursos de pós-graduação “strictu sensu”.Foi mais longe. A investigação cientifica na área da saúde se instalou em edifício recentemente construído, o Centro de Pesquisas Dr. Amílcar Gigante,com área ampliada para o Programa de Epidemiologia, centro colaborador da UNICEF, além de dispor de área onde serão atendidos diabéticos e hipertensos. Ali também foi instituído o Setor de Hemodiálise, o qual funcionando em três turnos, tem salvado a vida de mais de uma centena de pacientes com doença renal grave. Entre tantas realizações convém destacar a inserção da UFPEL no Programa REUNI (Re-estruturação e Expansão das Universidades Públicas), que garante a transferência de 131 milhões de reais.Destes recursos até o final deste ano já ingressaram 22 (vinte e dois) milhões de reais somente em compra de equipamentos e edificações. Logo, a construção civil e o comércio local foram nítida e legalmente beneficiados.
O apoio do Governo Federal tem permitido esses avanços e também a recuperação de áreas social e economicamente deprimidas da cidade, tais como a antiga área da Várzea, junto ao ex-Frigorífico Anglo, onde agora se encontra o novo Campus Porto. Ali já funciona a reitoria e dentro em pouco tempo haverá um complexo de salas de aula, laboratórios e biblioteca central com capacidade para mais de 5 mil alunos. Mais relevante,contudo, é a maior oferta de vagas em todos os cursos, especialmente aqueles ligados à infra-estrutura, tais como as engenharias, energia e biotecnologia. Todos estes progressos foram possíveis graças a parceria com as fundações de apoio da Universidade.O recente credenciamento dessas entidades (Fundação de Apoio Universitário-FAU e Fundação Simon Bolívar) pelo MEC e pelo Ministério de Ciência e Tecnologia mostram a importância dessas entidades para os nossos projetos.
Entretanto, apesar de tantos progressos, interesses espúrios e má fé fizeram com que alguns indivíduos, participantes das direções de sindicatos de servidores da universidade local, se atrevam agora a se dizer representantes de toda a Instituição composta por cerca de 15 ( quinze ) mil pessoas. O pequeno e ruidoso grupo ao utilizar fragmentos de processos de auditoria, tão comuns na vida das universidades públicas brasileiras, busca plantar na mente dos jovens estudantes, professores e na sociedade em geral a dúvida quanto à lisura dos atos desta administração.
Para esta semana esses poucos oportunistas anunciaram ações que visam denegrir a imagem dos dirigentes desta Instituição. O seu objetivo é claro: criar o caos no âmbito da UFPEL e a partir daí, induzir o Presidente da República a rejeitar a lista tríplice para o cargo de Reitor, elaborada pelo Conselho Universitário, para o período 2009-2013. Os riscos da tal pretensão poderão se traduzir na descontinuidade de projetos já em andamento e outros que virão,fundamentais para o progresso e para o desenvolvimento de Pelotas e da região.
Não faz parte da minha natureza proferir discursos contundentes como o que aqui registro. Porém, as agressões sistematicamente dirigidas a minha pessoa, aos colegas da administração central e aos membros do Conselho Universitário, fazem com que me dirija de forma veemente com duplo propósito: mostrar um pouco do muito que temos realizado e reafirmar a nossa confiança na sociedade pelotense e nos diversos órgãos da República que jamais deixaram de reconhecer o papel relevante que a UFPEL desempenha no extremo sul deste País .
Antonio Cesar G. Borges, Reitor da UFPEL
