A maioria dos pelotenses é sedentária no lazer e nos deslocamentos ativos, ou seja, quando vai de casa para o trabalho e vice-versa ou às compras. A conclusão é do mestrando do programa de pós-graduação
Conforme a pesquisa, no lazer, 69,8 % dos ouvidos eram sedentários. “Trata-se de um dado alarmante em termos de saúde pública, considerando as péssimas conseqüências que o sedentarismo causa”, diz Amorim. Segundo ele, as pessoas que relataram morar perto de praças e parques são mais ativas fisicamente, comprovando que a construção de novos espaços públicos de lazer e uma melhor estruturação dos já existentes é um forte estímulo para a prática de atividades físicas. Outro dado importante, ressalta, é que aqueles que relataram ocorrerem muitos roubos e assaltos na região onde moram mostraram-se mais inativos.
Quando se trata de atividade física como forma de deslocamento, o trabalho apontou que 51,9 % das pessoas eram sedentárias. Neste aspecto, aqueles que se sentem inseguros quanto ao trânsito, são mais inativos, frisou o docente. “Considerando a caminhada e o uso da bicicleta como importantes formas de deslocamento ativo, a construção de mais ciclovias seguras seria um fator importante para minimizar este problema”, recomendou.
Para Amorim, outra associação marcante no estudo foi o fato de as pessoas que relataram receber convites ou outros estímulos de um familiar, amigo ou vizinho para a prática de algum tipo de atividade física, mostraram-se mais ativos. Conforme o mestrando, esta informação indica que é necessário promover a atividade física em grupos, nos espaços públicos de lazer.
Na visão do pesquisador, os dados relacionados ao sedentarismo são preocupantes, em termos de saúde pública. “Com certeza, é uma importante razão para uma má qualidade de vida da população”, alertou. Ele observou que políticas públicas de promoção de atividade física devem fazer parte das prioridades dos gestores, aliando informação e oferta de atividades físicas à população em espaços públicos seguros e estruturados.