Coordenadoria de Comunicação Social

Universidade Federal de Pelotas

Estudo compara atividade física em adultos de Pelotas

14 de Outubro de 2008


Um estudo realizado entre o final de 2007 e início de 2008 investigou a proporção de adultos sedentários na cidade de Pelotas. Esses dados foram comparados a um trabalhosemelhante, realizado em 2002. De lá para cá, a prevalência de adultos considerados sedentários aumentou de 41% para 52% na cidade.

A pesquisa realizada pelo professor de Educação Física Alan Knuth, com orientação do professor dr. Pedro Curi Hallal, através do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Faculdade de Medicina da UFPel, entrevistou 2.986 adultos, com pelo menos 20 anos de idade, em diversos bairros da cidade. A defesa de dissertação será realizada nesta quarta-feira(15), às 13h30min, no Auditório Kurt Kloetzel, no Centro de Pesquisas Médicas Dr. Amílcar Gigante (antigo hospital Santa Teresa).

Foi considerado sedentário, todo adulto que não atingiu a quantidade de 150 minutos semanais de atividade física, somando o lazer, trabalho, deslocamentos ou atividades domésticas. Além dos 52% que ficaram abaixo dos 150 minutos, cerca de 36% dos adultos não fazem qualquer atividade física.

Em 2002 os adultos de nível socioeconômico elevado foram mais sedentários, em compensação, no ano de 2007, o sedentarismo está equilibrado em todos os níveis socioeconômicos, tendo aumentado 70% na classe mais pobre, e indivíduos de baixa escolaridade têm maior probabilidade de serem sedentários.

A falta de espaços adequados na cidade como parques, praças, pistas ou até mesmo de um ginásio municipal afastam os indivíduos da atividade física. Não houve, nos últimos cinco anos em Pelotas, um programa que ofereça atividades físicas orientadas gratuitamente. Além disso, os profissionais de Educação Física ainda não estão devidamente inseridos nos programas de saúde, fato que auxilia na elevada prevalência do sedentarismo.

A atividade física pode auxiliar na prevenção e tratamento de obesidade e diversas doenças, como saúde mental, bem-estar e também na socialização dos indivíduos, porém poucos esforços públicos têm focado nesse comportamento.

Seção: Notícias