Coordenadoria de Comunicação Social

Universidade Federal de Pelotas

Universidades federais dobram a oferta de vagas

4 de Setembro de 2008

f-haddad.jpgA oferta de 227.668 vagas nos cursos de graduação no próximo vestibular mostra a realidade da expansão nas universidades públicas federais. As vagas de ingresso dobraram em relação a 2003, quando foram oferecidas 113.983. Para garantir o crescimento, o ministro da Educação, Fernando Haddad, assinou nesta quarta-feira, 3, duas portarias que permitem a realização de concurso para contratação de mil docentes e a distribuição de 900 cargos de direção e 2,4 mil funções gratificadas para as instituições. O Ministério do Planejamento, por sua vez, autorizou a contratação de 10.992 docentes e 8.239 técnicos administrativos para as universidades.
“Isso só é possível porque proibimos a palavra ‘gasto’ em educação. Não temos que chamar de gasto, mas de investimento”, disse o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Na visão do presidente, o ingresso de um jovem em uma universidade não caracteriza ascensão e sim o cumprimento de um direito fundamental, previsto na Constituição. “Cabe ao Estado garantir que todos cheguem à universidade”, enfatizou, durante a cerimônia que reuniu reitores de todas as federais do país no Palácio do Planalto.
Apresentaram maior crescimento na oferta de vagas as universidades das regiões Nordeste, com aumento de 122%, e Sul, com 107%. Os cursos noturnos são outro destaque. No período de 2006 a 2009, o número de cursos passará de 29.549 para 79.080, um índice de crescimento de 168%.
Haddad destacou o comprometimento dos reitores no processo de expansão das universidades. O ministro lembrou que a proposta de dobrar as vagas de ingresso nas universidades partiu dos próprios reitores, por meio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), ainda em 2003. “Em seguida, o MEC passou a trabalhar junto com os reitores e deu início ao plano de expansão”, reiterou.
Segundo o presidente da Andifes, Amaro Lins, apenas 10% das vagas ofertadas na educação superior eram de universidades federais, à época. “Poucos jovens tinham acesso à educação superior pública e isso nos preocupava”, contou Lins. “Hoje, estamos celebrando os primeiros resultados dos esforços para concretizar o sonho de milhares de jovens brasileiros.”
Expansão - O aumento de vagas, a criação de novas universidades e o crescimento dos campi, levando a educação superior pública federal para o interior do país, estão amparados em três ações: expansão das universidades, Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e a Universidade Aberta do Brasil (UAB).
Com a expansão, que começou em 2003, o governo federal já implantou 12 novas universidades federais. Outros quatro projetos de lei criando instituições tramitam no Congresso Nacional. Com a expansão concluída, o Brasil terá 59 universidades federais distribuídas pelo país, além de 95 novos campi espalhados por todas as regiões.
As universidades federais também são responsáveis por mais de 1.400 cursos de pós-graduação, sendo que mais da metade deles é de doutorado. Mestrados e doutorados atendem hoje mais de 70 mil estudantes. O Reuni permitirá expandir em número e qualidade os programas existentes, com a contratação de professores doutores e com o aumento do número de bolsas de mestrado e doutorado em ritmo superior aos dos últimos anos.
(ACS/MEC)

Seção: Notícias