Coordenadoria de Comunicação Social

Universidade Federal de Pelotas

Teleconferência Globalizing Roman Culture no ICH

1 de Agosto de 2008

Nos dias 5, 6 e 7 de agosto, no horário das 9h às 12h e das 14h às 17h, alunos interessados em participar da teleconferência Globalizing Roman Culture, poderão assistir a esse curso, que é ministrado pelo professor Richard Hingley, com apoio da Capes.As palestras serão ministradas na Unicamp e os alunos da UFPel poderão assistir on line na sala 145 do Instituto de Ciências Humanas (ICH) - rua Alberto Rosa, 145 -, sob a coordenação dos professores Monica Selvatici e Fábio Vergara Cerqueira.Os alunos que participarem do curso receberão certificados equivalentes. Os interessados devem comparecer no local dia 5, entre 8h e 9h.

O palestrante

Richard Hingley é professor do Departamento de Arqueologia da Universidade de Durham, na Inglaterra. Nos últimos anos, tem se dedicado a diferentes áreas de atuação nas quais incluem estudos arqueológicos sobre as populações romanas das províncias do norte e oeste da Grã-Bretanha e sobre os povos pré-romanos da Idade do Ferro, bem como tem refletido sobre a importância de revisões teórico-metodológicas para possibilitar novas abordagens acerca do passado clássico. Diante de suas variadas publicações, é importante salientar a presença de um eixo comum que perpassa sua obra, pois há cerca de duas décadas o estudioso tem contribuído com o debate sobre como as populações nativas foram incorporadas ao Império Romano, além das mudanças culturais e sociais ocorridas durante este processo. Pensando as relações entre romanos e povos nativos, Hingley colaborou com a construção de um campo de reflexão bastante complexo, questionando interpretações canônicas acerca do mundo romano, como a idéia de Romanização, a partir de um estudo aprofundado do contexto histórico em que a maioria das concepções acerca do Império Romano foi criada.

Neste sentido, as publicações de Hingley devem ser entendidas dentro de uma perspectiva de desconstrução de discursos imperialistas do início do século XX que fundamentaram conceitos e leituras sobre o passado romano, tanto na História como na Arqueologia, posteriormente aceitos como verdades e pouco questionados pelos estudiosos. A base de sua crítica se constitui, portanto, a partir da ruptura com modelos interpretativos Eurocêntricos, na tentativa de construir interpretações mais flexíveis acerca do Império Romano. Assim, sua produção tem ajudado a abrir a possibilidade de buscar caminhos alternativos para pensar a relação entre culturas, tornando-se uma referência para aqueles que se interessam pelo mundo antigo em geral e o romano em particular.

 

Seção: Notícias