Coordenadoria de Comunicação Social

Universidade Federal de Pelotas

Núcleo de Teatro estréia espetáculo no Sete de Abril

29 de Maio de 2008

O Núcleo de Teatro da UFPel, projeto ligado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura e Departamento de Arte e Cultura, estréia nesta sexta-feira, 30 de maio, às 21h, no Theatro Sete de Abril o espetáculo-documento Jogo bruto: Deserto de solidão.“Jogo Bruto” e “Deserto de Solidão” são expressões cunhadas pela senadora Ingrid Betancourt, refém das FARC desde 2002, para qualificar a situação limite na qual se encontra juntamente com cerca de outros 750 homens e mulheres na selva amazônica. Seqüestrada em plena campanha à presidência da Colômbia, Ingrid Betancourt se tornou ícone para uma árdua e lenta batalha pela liberdade nas mais diversas instâncias: governos, instituições religiosas, organizações não governamentais, grupos organizados classistas, líderes isolados. O espetáculo-documento criado pelo Núcleo de Teatro com alunos do Curso de Teatro da UFPel procura retratar a natureza da vida dos mais de 30.000 envolvidos nessa guerra político-ideológica: reféns, guerrilheiros, militares, familiares. Não se pretende apontar uma solução para a crise ou encontrar um culpado, mas expor a crueldade que esse tipo de aprisionamento pode ocasionar e o constante estado de tortura no qual estão envolvidos todos os personagens desse triste momento histórico.O espetáculo-documento é composto a partir de três vozes: a de Ingrid Betancourt – líder política e refém, a de líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e a dos discursos que conformam a luta pela libertação de todos os reféns (famílias, governos, etc).Desse modo, são mostradas duas “Ingrids”: a primeira numa situação de desolação – confinada, aprisionada, fraca, estática – a própria imagem veiculada constantemente na mídia; a segunda sob eterna tortura – a atriz está presa em uma escada – a representação de um longo caminho.Como contraponto a essa situação, a arquitetura dramatúrgica conta com outros dois pólos de papéis dramáticos: os guerrilheiros com seus afazeres constantes e ritmados e um pequeno coro de Mães: Yolanda Pulecio – mãe de Ingrid, mas também as mães de todos os filhos envolvidos na luta. O espetáculo-documento tem duração de 45 minutos. A encenação e a Dramaturgia são de autoria do professor Adriano Moraes. No elenco: Stael Gibon, Inácio Schardosim, Leonardo Dias, Alexandro Ayres, Fátima Zanetti, Ana Alice Muller e Neusa Kunh. Os figurinos são de Marcelo Silva. Ingressos na Bilheteria do Theatro Sete de Abril ou com Alunos do Curso de Teatro da UFPel: R$5,00 e R$2,50 (Estudantes, Professores, Artistas, Aposentados). Outras informações: 8404-1116 / adriano_moraes@terra.com.br

Seção: Notícias