Na quarta-feira(2), esteve na área agrícola do Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça(CAVG) da UFPel o reitor Cesar Borges, que junto com o diretor da escola, Hugo Roberto Stephan, alunos envolvidos nos programas de ensino-produção, servidores e professores, acompanhou a colheita das lavouras de arroz.
Nesse ano agrícola de 2008, o CAVG buscou a interação direta entre o ensino e a produção, onde as programações das atividades de produção foram planejadas para atender as demandas da escola e o envolvimento com os alunos.
Foi elaborado um programa de ações que envolveram o planejamento e coordenação da execução de lavouras anuais na Escola buscando fortalecer os variados sistemas de produção agropecuária existentes. Elaborado pelos professores Gilberto Collares e Álvaro Nebel, o planejamento buscou a introdução de tecnologias aplicáveis que pudessem resultar em melhoria da produtividade e qualidade dos produtos, maximizando potencialidades e recursos, atendendo necessidades existentes na Escola que incluem as lavouras comerciais, de abastecimento e/ou sustentação da atividade pecuária, vinculando todas as etapas aos processos de ensino-aprendizagem.
A execução das atividades, nas mais variadas etapas, desde a preparação das áreas, implantação das lavouras e condução foram realizadas pelos servidores e alunos da escola, coordenados pelo chefe da Uecima, Adão Fernando Silva, e professores. No ano agrícola de 2007/2008, fase inicial desse processo, foram cultivados 48 ha em área comercial e 4 ha em áreas experimentais com a cultura do arroz irrigado por inundação, observando as potencialidades de volumes de água e áreas disponíveis da escola e as da Infraero, fruto de parceria de utilização com a Escola.
Todas as tarefas na lavoura foram possíveis graças à efetiva parceria com empresas locais e o CAVG, especialmente com a Planfer que, na pessoa de seu sócio-proprietário e ex-aluno do CAVG, agrônomo José Paulo Machado dos Santos, disponibilizou a infra-estrutura e a experiência da sua empresa na atividade orizícola.
Com relação à área cultivada com arroz no ano anterior, houve acréscimo de mais 60 % motivado por ser o arroz uma cultura de tradição regional, de expressão agrícola e de interesse comercial, permitindo experiências concretas aos alunos da escola que se inserem nesse mercado logo após a conclusão de seus estudos. Na área didático-comercial foi empregada a cultivar Qualimax 13 e nas áreas experimentais, aproximados 4 ha, foram empregadas cultivares de expressão tecnológica como os híbridos Avaxi, Inov e Tiba da Empresa RiceTec, que disponibilizou material para ensaios o que, apresentou excelentes resultados iniciais com ótima expectativa de produção, em especial do material Inov.
Outra cultivar empregada foi o Irga 424 que, pelas suas características e propriedades demonstra adaptabilidade e potencial produtivo para os ambientes e condições locais. Essas alternativas permitem que os alunos, na própria Escola, acompanhem diariamente o desenvolvimento e desempenho dessas cultivares no sistema de produção.
O diretor do CAVG, ao demonstrar sua satisfação com os resultados da produção de arroz, cultivado em área recorde na história da escola, com expressivos volumes de arroz ainda não atingidos ao longo de seus 84 anos, exaltou a excelência do trabalho de planejamento dos professores Collares e Nebel e do chefe da Uecima.
Além do resultado pedagógico, que permitiu aos alunos acompanhar a execução das etapas de implantação, condução e os resultados da colheita da lavoura de arroz, a produção suprirá durante todo o ano letivo todos os restaurantes da UFPel, em especial o do CAVG. Os excedentes que serão comercializados reverterão em investimentos para a unidade.
O reitor, ao observar as atividades de colheita do arroz, elogiou as iniciativas da escola, expressando sua satisfação por constatar a efetiva participação dos alunos nos processos produtivos da unidade e a na forma como o CAVG se engaja na filosofia do Projeto Interdisciplinar de Restaurante Escola - Pires, pioneiro como forma de proporcionar a ampla participação da comunidade universitária nos espaços de restaurante, transformando-os em verdadeiras escolas de formação, implantado na UFPel e que hoje serve de exemplo para várias universidades brasileiras.