Com o constante crescimento e desenvolvimento nas áreas científicas e tecnológicas do País surgem novas demandas. A boa fase da economia brasileira traz a necessidade de investimentos em infraestrutura, distribuição de energia, entre outras áreas, nas quais os profissionais das engenharias são indispensáveis. Melhoria de estradas, portos e tráfego são algumas das atividades em que os engenheiros atuam.
Empregos e estágios bem remunerados são um atrativo a mais para os estudantes que estão pensando em entrar em uma universidade, além das bolsas de estudo e outros incentivos que empresas oferecem para aumentar o número de engenheiros qualificados disponíveis no mercado.
A região de Pelotas está incluída nesta nova realidade, através da sua ótima localização, com a construção do Polo Naval em Rio Grande. Além da localização geográfica, Pelotas destaca-se neste cenário pela forte vocação universitária, com a formação de mão de obra qualificada.
Ciente da importância da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para o desenvolvimento de Pelotas e da região, o reitor Cesar Borges aprovou no programa Reuni a inserção de 10 novos cursos de Engenharias, além dos cursos tradicionais já existentes voltados para as áreas agrárias. Para o reitor, energias renováveis, petróleo e gás, automação, tecnologia da informação, e a preocupação mundial mais recente, que é o complexo industrial da saúde, são os elementos principais que propiciarão mudanças na UFPel nos próximos 20 anos. “O programa do governo federal de internacionalização das universidades públicas e institutos tecnológicos federais irá permitir o ingresso de alunos das engenharias e outros cursos nos grandes centros educacionais americanos e europeus a partir de 2012 e a UFPel está plenamente presente neste processo”, afirmou Cesar Borges.
De acordo com o diretor do Centro das Engenharias (CEng) da UFPel, professor Wolmer Brod Peres, a Universidade tem um papel importante neste contexto de desenvolvimento econômico tanto regional quanto nacional. “O primeiro fator seria a atração de investimentos, já que a cidade vai concentrar recursos humanos capacitados. O segundo fator é o desenvolvimento de novas ideias e iniciativas que poderão ser impulsionadas através do surgimento de um parque tecnológico. O terceiro fator seria colaborar com as empresas e iniciativas existentes na cidade”, disse.
Para o diretor do Centro de Desenvolvimento Tecnológico da UFPel (CDTec), professor Odir Dellagostin, as engenharias são uma grande oportunidade para os candidatos que estão escolhendo o curso. “A absorção dos profissionais no mercado de trabalho é certa”, observou. A recente pesquisa divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que a probabilidade de o recém-formado que escolhe essa área estar empregado logo após concluir o curso varia de 87 a 92 por cento.
Entretanto, a grande oferta de empregos não garante o futuro sucesso dos estudantes por si só. A engenharia exige uma forte formação em ciências exatas; sendo assim, o candidato deve estar disposto a empenhar-se no estudo da matemática, física e química. Estes conhecimentos garantirão que o futuro profissional tenha condições de transformar os recursos naturais em bens e serviços úteis à população.
Outro fator importante para o estudante é a escolha do tipo da engenharia, já que existem várias especialidades no país. Na UFPel existem 12 engenharias. No CDtec estão as Engenharia da Computação, Engenharia de Materiais, Engenharia de Petróleo, Engenharia Geológica e Engenharia Hídrica. No CEng, a opção para os estudantes está entre a Engenharia Agrícola, a Engenharia Civil, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia de Produção, Engenharia Eletrônica, Engenharia Industrial Madeireira e a Engenharia Sanitária e Ambiental.
A administração da UFPel trabalha a infraestrutura destes cursos, que receberão, a partir do primeiro semestre de 2012, instalações apropriadas para os laboratórios nos seis andares do prédio da antiga Fábrica de Massas Cotada, na região do Porto. Este espaço irá abrigar cursos de engenharia até a construção definitiva do Campus das Engenharias, em um terreno de 25 mil metros quadrados na rua Conde de Porto Alegre.