Estudo desenvolvido por Samuel Dumith para obtenção do título de doutor em Epidemiologia, com a orientação da pesquisadora Denise Gigante, sobre “Mudança da atividade física na adolescência e seus preditores: um estudo prospectivo no Sul do Brasil”, foi destaque nas imprensas estadual e nacional nesta quarta-feira, 16.
A pesquisa refere-se a um estudo com 4.325 adolescentes entre 14 e 15 anos de idade, da cidade de Pelotas, desenvolvida no ano de 2008. A atividade física foi analisada por meio de três diferentes abordagens:
1) prevalência de alguma atividade física de lazer;
2) prevalência de algum deslocamento ativo para a escola;
3) prevalência de engajamento em pelo menos 300 minutos por semana da combinação de ambos (1 e 2).
A proporção de adolescentes envolvidos em alguma atividade física de lazer foi 75,6%, enquanto 73,4% apresentaram alguma forma de deslocamento ativo para a escola. A prevalência de atividade física total foi 48,2%, sendo maior para os meninos (62,6%) do que para as meninas (34,5%).
O estudo conclui que menos da metade dos adolescentes atingiu as recomendações para a prática de atividade física, e essa proporção tende a diminuir entre os sujeitos de maior nível socioeconômico. Os fatores associados diferiram entre lazer e deslocamento. Engajamento em uma ampla variedade de atividades físicas deve ser encorajado desde a infância.