A UFPel possui desde outubro de 2007, em parceria com a Santa Casa de Pelotas, um serviço de Nefrologia. Localizado no Centro de Pesquisas em Saúde Amilcar Gigante, o serviço trata 105 pacientes com doenças renais crônicas, totalizando cerca de 1.300 sessões de hemodiálise no mês.
O espaço oferece total conforto ao paciente com salas climatizadas, televisão, copa e toda a estrutura necessária para recebê-lo. São 22 máquinas de hemodiálise, sendo que há uma sala específica para pacientes com hepatite e uma sala de recuperação com todos os equipamentos para atendimento de urgência, caso algum paciente venha a necessitar.
Seguindo normas de segurança, há um gerador de energia e uma reserva de água para que, caso falte algum dos serviços no município, os pacientes tenham garantido o atendimento por mais de dois dias.
O espaço também torna-se importante para a capacitação dos estudantes. “Os alunos de Enfermagem e Medicina recebem aqui um melhor aprendizado, resultando assim, em mais profissionais capacitados para atuar na área”, disse o professor Alípio Coelho.A Liga Acadêmica de Nefrologia da UFPel - NefroVida desenvolve o trabalho de prevenção em parceria com outras instituições. O grupo, composto por cerca de 30 alunos, participa de campanhas de prevenção em vários bairros, Unidades Básicas de Saúde e escolas.
A Liga trabalha, principalmente, na prevenção das doenças que podem culminar em uma doença renal, que são, principalmente, a pressão alta e a diabetes. Para o professor Alípio Coelho o objetivo principal é a prevenção das doenças renais. “Tentar evitar as doenças ou retardar os sintomas é fundamental para que os serviços de hemodiálise da cidade sigam suprindo a necessidade de Pelotas e região”, disse o professor.
De acordo com o presidente da Liga, Felipe dos Santos, outra facilidade proporcionada pela Liga é a marcação de consultas. “Os pacientes atendidos pela NefroVida que possuem alguma alteração são encaminhados ao ambulatório para consulta com especialistas em, no máximo, uma semana”, disse.
Outro apoio fundamental do grupo aos pacientes da hemodiálise é o trabalho de humanização do atendimento. Os estudantes fazem um acompanhamento constante dos pacientes e de suas famílias, com o objetivo de diminuir a depressão. “Este trabalho enriquece a relação entre médico e paciente e aumenta o tempo de vida, tendo em vista que a principal causa de morte em pacientes com doenças renais crônicas é a depressão”, explica Felipe.
Além das atividades de extensão, a Liga também trabalha com ensino e pesquisa, desta forma os estudantes que pertencem ao grupo participam de palestras, aulas e pesquisas que o preparam para as provas de residência do final do curso.