Coordenadoria de Comunicação Social

Universidade Federal de Pelotas

Angina afeta um em cada dez pelotenses com mais de 40 anos

12 de Fevereiro de 2009

Estudo realizado pelo cardiologista Leonardo Alves, como parte do mestrado em Epidemiologia da UFPel, revelou que um em cada 10 pelotenses com 40 anos ou mais de idade sofre de angina. O estudo ocorreu na área urbana do município entre os meses de outubro a dezembro de 2007. Foram visitados cerca de 1.500 domicílios e entrevistadas aproximadamente 1.600 pessoas.
A angina é uma doença que se manifesta através de dor ou desconforto no peito durante esforço físico tais como caminhar, subir escada, correr, entre outros, ou estresse emocional. A angina ocorre quando o músculo cardíaco não recebe sangue de forma suficiente por causa de entupimento das coronárias devido à placa de ateroma (”placa de gordura”) que se forma dentro das coronárias impedindo parcial ou totalmente a passagem do sangue. Quando isto ocorre, o sangue não chega ao músculo do coração causando o que se denomina isquemia, que resulta em dor. A angina nada mais é que a manifestação de dor em decorrência de isquemia, que ocorreu porque as coronárias estão entupidas pelas placas de ateroma.
Segundo os resultados da pesquisa, quase 10% da população de Pelotas com 40 anos ou mais de idade sofrem de angina. Esta doença mostrou-se mais comum entre as pessoas mais velhas, entre as mulheres e entre aqueles de cor da pele preta ou parda. A angina foi mais comum também nas pessoas com menor nível econômico e baixa escolaridade.
Esses resultados mostram que a angina é uma doença comum entre os pelotenses e que acomete mais comumente pessoas com determinadas características. Os principais fatores associados a esta doença são dieta rica em gordura, tabagismo e sedentarismo. Esta doença pode ser tratada pelos médicos dos postos de saúde e ambulatórios. Há, nos casos mais graves, necessidade de acompanhamento por médico especialista.
A dissertação foi defendida na manhã desta quinta-feira(12) e a banca foi formada pelos professores Juraci A. Cesar (FURG/UFPel); Aluísio Barros (UFPel) e Ana Maria Borges Teixeira (UFPel).

Seção: Notícias