Nesta quarta-feira(29), no Teatro Sete de Abril, será realizada Cena Literária - aula de Improvisação Teatral II, sobre poética teatral por meio de uma poética literária: um conto: estudo da relação entre ator e espectador. A improvisação denomina-se Eu quero te comer, Sophia, de Nilza Rezende.
- Horário de início para os alunos-atores: 17h (preparação)
- Horário de início para espectadores: 18hh30min (duração mínima: 30 minutos, máxima 01h30min)
- Marco histórico: Aniversário de 01 ano do curso de Teatro, Licenciatura, da UFPel.
- Situação ficcional: “Vernissage”
- Elementos Simbólicos: Vinho, Água.
- Situações Dramáticas: são criadas pelos alunos-atores envolvidos. Cada um dos atores e atrizes terá que mostrar que pode representar na presença de pessoas: exercício propulsor à próxima estrutura poética a ser estudada em 2009-1: o envolvimento do espectador pelo jogo afetivo. Tal envolvimento é similar ao envolvimento que o ator tem que ter no momento único de sua arte, o instante dele próprio e de pelo menos um espectador, ele mesmo.
- Referencial Literário: REZENDE, Nilza. “Eu quero te comer, Sophia”. In: Contos para ler na cama. Org. Miguel Sanches Neto. Rio de Janeiro: Record, 2005.
- Referencial teórico: SCHECHNER, Richard. “¿Que son los estudios de performance y por que hay que conocerlos?’; “Del ritual al teatro y de vuelta: la trenza de eficacia y entretenimiento”; “Hacia una poetica de la performance”; “Restaturacion de la conducta”. In: Performance – Teoria & Prácticas Interculturales. Buenos Aires: Libros del Rojas/UBA, 2000.
Sobre a Obra Literária:
Trata-se de um conto inédito de Nilza Rezende. A trama é muito simples e direta: um leitor fala com uma autora de livros, cujas temáticas tem um forte apelo sexual. O narrador-leitor faz uma série de indagações que se traduz em metáforas que desencadeia em nós, leitores reais, uma reflexão sobre a estrutura e os conteúdos das obras de arte, principalmente as literárias.
Sobre a Obra Teatral:
Trata-se de um jogo improvisacional: alunos-atores e alunas-atrizes trabalham a partir de algumas circunstancias dada: um referencial literário, um referencial teórico, um espaço cênico, uma situação dramática, um espaço de tempo, um papel de sua escolha, um grupo de atores e atrizes e um grupo de espectadores.
A forma adotada para a experiência é a performance. O que é real? O que é ficção? Até onde os atores representam, até onde vive de fato a ação que executa? Tais questões são os motores da obra literária que são traduzidos por meio do teatro. Como o teatro é a arte de efêmero, resolvemos brincar com o acontecimento, com o instante da obra: o palco do Theatro Sete de Abril torna-se espaço para a experiência mais genuína: aquela que permanece apenas em que estiver presente e apenas na memória.
Comentários de Alunas-atrizes:
“O texto é muito interessante. Consegue desnudar o papel do leitor e o do autor. Explicita, não só o sexo, mas que a obra literária só tem sentido se houver leitor”. (Lídia Rosenhein)
“É ousado. O melhor é que é escrito por uma mulher que não teme expor a intimidade feminina para usá-la como pano de fundo para dizer o que quer dizer, tanto para o leitor quanto para os escritores. Nilza Rezende bate de frente com a hipocrisia. Tomara que chegue o dia em que se consiga diminuir a hipocrisia, em que se possa ser autêntico e dizer o que se pensa sem deixar de ser respeitado por isso”. (Ana Alice Muller)
“O fascinante é a metamorfose que o texto faz. Puxa a gente para pensar no que é realmente pornográfico. Sophia significa sabedoria. Metaforicamente, o texto fala em ‘comer a sabedoria’, ‘engoli-la’… Trata da maneira como são usadas as sabedorias, de todas as formas, com todos os sentidos. Isso é que é pornografia”. (Lúcia Berndt)
Informações:
Prof. Adriano Moraes
8404-1116
